Mulher morta por ex-marido é sepultada sob forte comoção em Timbaúba

Além de familiares, muitos amigos participaram da cerimônia de despedida
JC Online
Publicado em 08/05/2018 às 22:54
Além de familiares, muitos amigos participaram da cerimônia de despedida Foto: Foto: Reprodução/Facebook


Assassinada pelo ex-marido, a vendedora Cláudia Aguiar, 46 anos, foi sepultada em Timbaúba, na Zona da Mata Norte do Estado, nesta terça-feira (8). Além de familiares, muitos amigos participaram da cerimônia, marcada por forte comoção.

Após ser velado em uma casa funerária no Centro de Timbaúba, o corpo da vendedora foi enterrado no cemitério municipal. A entrada da imprensa não foi autorizada. 

O assassinato

Cláudia foi morta na frente da casa da irmã, na segunda-feira (7), no momento em que voltava de uma festa na cidade de Itambé, também na Zona da Mata Norte. “Ela havia descido do ônibus, por volta de 4h30. De repente, ele chegou. Abriu a porta do carro, a agarrou e começou a esfaqueá-la”, contou a irmã.

Depois do assassinato, o suspeito do crime voltou para a casa onde morava, também em Timbaúba, e se enforcou na cozinha. O corpo dele foi encontrado horas depois pela polícia.

Ameaças

Ainda segundo a irmã, após ser ameaçada mais uma vez pelo ex-companheiro, Cláudia chegou a procurar a polícia, mas encontrou a Delegacia de Polícia Civil em Timbaúba fechada. A Polícia Civil de Pernambuco informou à TV Jornal que vai investigar as informações relatadas pela parente sobre a falta de atendimento na Delegacia de Timbaúba. “Caso comprovado, a Polícia Civil abrirá processo interno para esclarecer os fatos e apurar as responsabilidades”, afirmou a assessoria, em nota.

Cláudia havia se separado de João Clímaco há cerca de dois meses e tinha ido morar em Carpina, município vizinho. O casamento dos dois, de acordo com a irmã da mulher, foi sempre tumultuado. “Nunca foi bom. Quando brigavam, ele colocava um facão embaixo do colchão, ameaçava de morte, mas ela nunca pensou que aconteceria. Cláudia tinha muita confiança nele”, relatou.

Nos últimos dois meses, ainda segundo a irmã, Cláudia recebeu ameaças presencialmente e pelo celular e chegou a flagar o homem a observando enquanto malhava em uma academia de Carpina. Uma das ameaças, na sexta-feira (4), ocorreu durante uma festa em Timbaúba. “Ela veio para cá na sexta-feira. Tinha uma festa e ela foi com amigos. Ele estava lá, observando tudo. Para onde ela ia, ele seguia atrás”, explicou a irmã.
No dia anterior ao assassinato, houve a última ameaça. “Se prepare, você vai ver”, teria dito o homem, de acordo com a irmã de Cláudia.

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