Na manhã desta segunda-feira (3), a Polícia Civil divulgou detalhes da operação Ponta de Flecha, liderada pelo delegado Rodolfo Cartaxo. A ação policial foi desencadeada na sexta-feira (31), e teve por objetivo desarticular uma quadrilha de traficantes de droga que atuava em Passira, Agreste de Pernambuco.
Segundo o delegado, as investigações tiveram início após a prisão de dois suspeitos com 50 kg de maconha, no mês de fevereiro. A partir disso, a polícia rastreou todo o grupo e identificou a função de cada indiciado dentro da organização criminosa.
José Severino Santos Gadelha, conhecido como “Tidé”, foi preso no dia da deflagração e é apontado como um dos líderes da organização criminosa. Outro líderes, José Antônio Cavalcanti da Silva, o “Delegado”, é presidiário e coordenaria as atividades criminosas de dentro da cadeia.
Também foram presos na deflagração Breno Carlos da Silva, suspeito de vender os entorpecentes, e Domingos Ramos Deodato Júnior, conhecido como “Kiko”, que teria a função de repassar informações para os membros da quadrilha. Um adolescente, que também venderia os entorpecentes, foi apreendido.
Segundo as investigações, “Kiko” fazia serviços de segurança para os comerciantes locais. Ao mesmo tempo, ele repassava informações que conseguia da polícia para os integrantes da quadrilha de traficantes. Também estaria envolvido, direta e indiretamente, em diversos homicídios na região.
De acordo com a polícia, a quadrilha também era formada por Josivaldo Tabosa de Lima, apelidado de “Tato”; Taciano José da Silva, conhecido como “Mução”; José Ailton Inácio de Souza, o “Tuchê”; e Camila Felipe da Silva. Eles se dividiam nas funções de compra do entorpecente em grande quantidade, além de estocagem do produto e distribuição.
Com os presos, foram apreendidos uma pistola Taurus calibre 380, com três carregadores e 72 munições. Também estavam em poder dos acusados uma caixa de munições para revólver calibre 38; um porta-algemas; um spray de pimenta; três cartuchos de munição calibre 12; 11 munições calibre 38; um colete a prova de balas; três rádios de comunicação; uma touca ninja; e um gorro.
Os suspeitos também portavam duas capas de colete balístico; sete jaquetas de segurança; duas lanternas táticas; quatro coldres; um binóculo; dois porta-trecos com adesivos escrito “Segurança DM”. A quadrilha ainda usava dois kits de limpeza de armas da Secretaria de Defesa Social (SDS) para pistolas calibre .40; duas empunhaduras de revólver; um canivete e três carregadores para munição de revólver.
O delegado Rodolfo Cartaxo informou que os presos serão encaminhados para o Presídio Doutor Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, Mata Norte de Pernambuco. Camila Felipe já se encontra na Colônia Penal do Bom Pastor, no Recife. O adolescente será levado para a Funase.