OPERAÇÃO

Polícia desarticula quadrilha especializada em crimes de estelionato no Estado

Segundo o delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), o escritório da organização criminosa ficava localizado na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima

JC Online
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Publicado em 17/04/2019 às 17:24
Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Segundo o delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), o escritório da organização criminosa ficava localizado na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima - FOTO: Foto: Divulgação/ Polícia Civil
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O Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) deflagrou nesta quarta-feira (17) a 33ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada de Farsante, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que praticava crimes de estelionato no Estado. De acordo com o delegado Paulo Berenguer, titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), o escritório da quadrilha ficava localizado na Colônia Penal Feminina de Abreu Lima, no Grande Recife, onde parte do grupo está preso.

A polícia identificou seis integrantes, mas acredita que mais pessoas estejam envolvidas. Segundo o delegado, Viviane Assad Tomelic, considerada a líder da organização criminosa, e Thais Maria de Oliveira se passavam por autoridades públicas, magistrados, defensores públicos e promotores de justiça. "Viviane é fisioterapeuta, já cumpre pena há mais de 10 anos aqui em Pernambuco e tem uma extensa ficha criminal, com vastos antecedentes criminais pela prática de estelionato. Então ela sempre articula bem, consegue sensibilizar as suas vítimas", disse.

Berenguer explicou também que Thais era quem auxiliava a fisioterapeuta. "Ela é uma presa que também cumpre pena aqui no Estado há mais de 10 anos por tráfico interestadual de entorpecentes. Thais é de Minas Gerias e também tem um bom poder de articulação", afirmou.

Os outros integrantes identificados da quadrilha são Mayara de Cássia Souza dos Santos, Jonathan Souza dos Santos, Bruno Euzébio de Souza e Paula Cosmo do Nascimento. "Todos eles apresentam vínculos de contribuições. Paula, Mayara e Jonathan forneciam as suas contas correntes para que os valores fossem depositados e, eventualmente movimentavam essas contas, ganhando uma comissão", explicou o titular da delegacia. Segundo Berenguer, Bruno Euzébio era quem fazia as cobranças, buscava os valores junto as vítimas e era o único que não estava preso. Jonathan cumpria pena no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), também em Abreu e Lima.

Os seis integrantes da quadrilha vão responder por estelionato, extorsão e organização criminosa.

Vítimas

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha aplicava golpes em empresários e também nas prefeituras de Riacho das Almas, São Bento do Una, no Agreste pernambucano, de Afogados da Ingazeira, Parnamirim, no Sertão, e Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.

O delegado explicou que nem todos os alvos caíram no golpe da organização criminosa. "Algumas vítimas caíram no golpe e outras não. Essas pessoas que não caíram no golpe, algumas conheciam essas autoridades públicas e, desconfiando desse fato, procuraram o GOE para que a gente pudesse desenvolver esse tipo de investigação", afirmou.

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