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Bairros do Recife em risco para epidemia de dengue e chicungunha

Pelo menos 17 têm mais de 4% dos imóveis infestados por mosquitos

Do JC Online
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Publicado em 12/11/2014 às 5:11
Foto: Bernardo Soares/ Arquivo JC Imagem
Pelo menos 17 têm mais de 4% dos imóveis infestados por mosquitos - FOTO: Foto: Bernardo Soares/ Arquivo JC Imagem
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A maioria dos bairros recifenses oferece condições para explosão da dengue e chegada da nova doença. Ao menos 17 das 94 localidades apresentam risco muito alto de desenvolver epidemia de dengue entre o final de 2014 e início de 2015. Por extensão, estão mais vulneráveis à transmissão também de chicungunha, doença que só atingiu comprovadamente um morador até o momento, infectado fora do País, na República Dominicana. No território crítico, distribuído entre o Norte, Sul e Oeste da cidade, mais de 3,9% dos imóveis estão infestados pelo Aedes aegypti. Nele há bairros populosos, como Nova Descoberta, Vasco da Gama, Cohab e Jordão. 

O mapa de risco por distrito sanitário e bairro foi divulgado na tarde de terça-feira (11/11) pela Secretaria Municipal de Saúde, durante apresentação do Plano de Contingência e Enfrentamento à Dengue e Chicungunha. Recife está entre as capitais brasileiras consideradas em estado de alerta para a dengue, conforme o Ministério da Saúde. Em média, 2,3% dos prédios da cidade têm foco do mosquito transmissor. O mapa de infestação piorou nos últimos meses e a alternância entre sol e chuva pode favorecer a proliferação de mosquitos capazes de transmitir as duas doenças. 

Desde o início do ano foram 2.249 casos suspeitos de dengue, confirmando 490, dos quais seis acabaram em morte. O número é menor que o do mesmo período de 2013, quando 1.208 pessoas tiveram a doença comprovada. 

Neste semestre a capital notificou quatro suspeitas de chicungunha, mas só uma foi confirmada, a de um morador de Santo Amaro que foi infectado na República Dominicana e apresentou sintomas durante visita ao Ceará. Não há ainda transmissão do novo vírus na cidade. Um segundo suposto caso também de Santo Amaro foi descartado e outras duas suspeitas, de pessoas que residem na Várzea, estão em investigação, embora os primeiros testes tenham resultado negativo. 

Na primeira quinzena de dezembro, as regiões com maior risco de transmissão das duas doenças, receberão ações mais intensivas dos 943 agentes de saúde ambiental e atividades integradas com a limpeza urbana, informou o secretário de Saúde, Jailson Correia. Por enquanto, não haverá ampliação do orçamento nem novas contratações de agentes. Segundo o secretário, convocações do último concurso foram além do número inicialmente definido.

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