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O Ministério da Saúde não tem dúvidas sobre a relação entre o aumento do número de recém-nascidos com microcefalia e a infecção pelo vírus da zika na gestação. Apesar dessa comprovação, os estudos continuam a investigar outros pontos que podem estar correlacionados ao aumento dessa malformação nos bebês, especialmente para analisar se o vírus seria responsável, de forma isolada, por mudar o padrão de ocorrência dessa anomalia congênita, que tem como causas habituais a toxoplasmose, a rubéola e o citomegalovírus.
“Recentemente, tivemos um aumento de circulação de vírus no Estado, como os de dengue, chicungunha e zika. Então, precisamos pensar se é mesmo só um agente que pode causar a microcefalia ou se algumas associações entre vírus facilitam o aparecimento de agressões maiores a nível de comprometimento neurológico”, explica a chefe do Setor de Infectologia Pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Ângela Rocha.
Ontem, na unidade de saúde, ela recebeu uma comitiva formada por representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Pernambuco. Eles conheceram a conduta da força-tarefa pernambucana que tem investigado os novos casos de microcefalia. “A intenção da comitiva foi conhecer o nosso trabalho, já que se trata de uma situação inédita mundialmente.”
A visita aconteceu um dia depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir alerta para todos os países reforçarem a vigilância para aumento de infecções provocadas pelo vírus da zika.