OMS diz que métodos tradicionais de combate ao zika não estão funcionando

Os pesquisadores também se questionaram se o uso de técnicas inovadoras, como a introdução de mosquitos geneticamente modificados, podem ser necessárias
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 09/03/2016 às 12:26
Os pesquisadores também se questionaram se o uso de técnicas inovadoras, como a introdução de mosquitos geneticamente modificados, podem ser necessárias Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira (9) que o tradicional método de pulverizar inseticida não teve impacto significativo sobre o avanço da dengue, o que significa que sua eficácia contra o zika vírus, transmitido pelo mesmo mosquito, também pode ser questionada.

Durante um evento para apresentar as conclusões de um estudo sobre o zika, a vice-diretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny, afirmou que "faltam evidências" de que os métodos clássicos de combate ao mosquito tiveram efeito em reduzir os casos. O mesmo se aplica ao zika vírus, disse.

Os pesquisadores também se questionaram se o uso de técnicas inovadoras, como a introdução de mosquitos geneticamente modificados, podem ser necessárias para evitar o surto. Eles disseram, no entanto, que o uso de tais ferramentas deve ser avaliada com "extremo rigor".

No mês passado, o OMS declarou que o surto de zika nas Américas era uma emergência global.

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