Recife confirma 7 casos da gripe H1N1; vacinação começa nesta segunda

Cerca de 170 postos de saúde no Recife abrem as portas para dar início a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe, que vai até o dia 1º de junho
Da editoria de Cidades
Publicado em 23/04/2018 às 9:31
Surto de gripe H3N2 tem deixado a população em alerta Foto: Foto ilustrativa: Freepik


Cerca de 170 postos de saúde no Recife abrem as portas, a partir das 8h desta segunda-feira (23), para dar início a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, que vai até o dia 1º de junho. Outros municípios do Estado também participam da mobilização contra gripe, que imuniza pessoas de grupos prioritários, como idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, trabalhadores de saúde e professores. Na capital pernambucana, a vacina é oferecida nas unidades de saúde da família, Upinhas, Unidades Básicas Tradicionais e policlínicas, que funcionam até as 17h. A meta é vacinar 90% do público-alvo.

De janeiro até 14 de abril, o Recife registrou 6.459 atendimentos de síndrome gripal (casos leves) e 89 internações por síndrome respiratória aguda grave, condição caracterizada pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado a desconforto respiratório. Considerando a soma dos casos positivos para vírus respiratórios de ambas as condições, 10 tiveram amostras positivas para influenza, sendo três para H3 (sazonal) e sete para H1N1. Os dados estão no balanço da Secretaria de Saúde do Recife.

“Anualmente a vacina passa por modificações para incluir mutações dos vírus e, dessa maneira, ser efetiva para a proteção. É importante que as pessoas dos grupos prioritários procurem os postos de saúde. Isso pode evitar o agravamento da doença, internações e óbitos”, diz a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. Neste momento, é essencial divulgar que a vacina contra a gripe, que será aplicada na campanha do Ministério da Saúde a partir desta segunda-feira (23), protege contra os três tipos de vírus de influenza que atualmente circulam no Brasil: o H1N1, o H3N2 e o B. Em todo o Estado, 2,4 milhões de pernambucanos, que são do público-alvo, devem ser imunizados.

Idosos

Entre os quase 2,4 milhões de pessoas que fazem parte, em Pernambuco, do grupo prioritário da campanha contra a influenza, 951,1 mil são idosos a partir de 60 anos. Eles representam cerca de 40% de todo o público-alvo da mobilização no Estado e, assim como outras populações com maior risco de ter uma complicação grave da gripe, devem receber a imunização.

A aplicação das doses é essencial para esses grupos porque, mesmo que adoeçam, o fato de serem vacinados é capaz de reduzir em até 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global por gripe. Os dados são de estudos utilizados pelo Ministério da Saúde para reforçar a eficácia da imunização.

Ainda em Pernambuco, o segundo maior grupo da campanha é formado pelo público infantil de seis meses a menores de 5 anos. A estimativa é vacinar, pelo menos, 90% das 609,5 mil crianças dessa faixa etária. Em terceiro lugar, vêm os trabalhadores de saúde (185,9 mil), seguido pelas gestantes (98 mil) e mulheres até 45 dias após o parto (16,1 mil). O grupo das pessoas com doenças crônicas (diabetes e hipertensão, entre outras) e dos professores das redes pública e privada também devem ser imunizados.

No ano passado, o Estado de Pernambuco atingiu a meta da campanha. Foram vacinadas 2.345.477 pessoas, o que representa 100,6% do público total de 2.329.874.

Documentação

A Secretaria de Saúde do Recife informa que, ao longo da campanha, alguns subgrupos dos grupos prioritários precisam ter em mãos documentos que provem a necessidade da imunização. Profissionais das redes públicas e privadas de educação e de saúde devem levar comprovantes como crachás ou carteira de trabalho. Mulheres que estão em até 45 dias após o parto necessitam de comprovação de atesta a data do nascimento do bebê. Já pessoas com doenças crônicas devem apresentar encaminhamento de um médico que justifique a aplicação da vacina.

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