Marcelo Serrado parece que vive apressado. É sempre urgente e rápido nas respostas. Ao telefone, é dono de frases curtas, certeiras, pragmáticas, em 140 caracteres (no microblog Twitter, se escreve só deste tamanho). Talvez uma das características deste mundo cibernético do qual ele faz chacota no stand up É o que temos pra hoje, apresentado neste domingo, às 20h, no Teatro RioMar.
“O texto satiriza o crescente aumento do uso da internet móvel na vida das pessoas. Essa coisa do ser humano, de a gente não conseguir se desligar”, diz o ator, que garante usar as redes sociais mais para divulgar seu trabalho e vive a fugir de polêmicas.
A peça é roteirizada pelo próprio Marcelo. Os assuntos abordados na comédia passam pela vida a dois diante de tanta modernidade tecnológica. Fala, por exemplo, de como mudou a aproximação entre homem e mulher, em tempos de Tinder (aplicativo do celular no qual as pessoas paqueram e marcam encontros). “A internet nos ajuda muito. Com um celular, hoje, se pede taxi, comida e até mulher”, afirma.
Desde que fez o mordomo Crô, na novela Fina estampa (2011), Marcelo resolveu investir mais no seu lado cômico. Foi para o palco fazer stand up comedy. “Eu sempre achei muito incrível aqueles caras que pegavam um microfone, partiam para fazer piada, e seguravam o público por horas. Me arrisquei, deu certo. O público gosta bastante”, diz.
No Recife, o ator já esteve com dois solos de comédia. Em 2012, apresentou Não existe mulher difícil; no ano seguinte, voltou trazendo Tudo é tudo e nada é nada. “Sou sempre bem recebido no Recife. Sempre com casa cheia. E ótimo poder estar aí de novo para fazer espetáculos”, garante.
k É o que temos pra hoje! – Domingo, às 20h, no Teatro RioMar. Ingressos: plateia, R$ 90 e R$ 45 (meia); balcão, R$ 80 e R$ 40 (meia), à venda na bilheteria e no www.ingressorapido.com.br