A crise hídrica foi o tema escolhido pelo Museu do Amanhã para marcar os seis meses de abertura do espaço, na Praça Mauá, centro do Rio. Com exposição de fotos, instalação artística e debates, a programação convida o público a refletir sobre os problemas envolvendo a água no país, incluindo a poluição dos mananciais ou as secas severas que atingem populações inteiras.
Na terça-feira (21) foram inauguradas duas exposições relacionadas ao tema. A primeira é a mostra fotográfica Da abundância à escassez, que reúne 37 imagens de 12 fotógrafos brasileiros. A segunda é a instalação da artista plástica Suzana Queiroga Ah, molécula, montada em um dos espelhos d'água da entrada do museu, com bolas infláveis simbolizando a molécula da água.
“A temática da água é um dos maiores desafios que nós, humanos, temos que enfrentar para as próximas décadas. A água está ficando cada vez mais escassa e aqui no Brasil temos os impactos das mudanças no clima, por conta das alterações nos padrões de chuva, o que afeta tanto a produção de energia quanto o abastecimento das cidades”, disse o gerente de conteúdo do museu, Leonardo Menezes.
Segundo ele, o Museu do Amanhã tem uma relação próxima com a água, pois foi construído em um píer dentro da Baía de Guanabara. O prédio também é cercado por espelhos d´água, o que ajuda a refletir sua beleza e garante um clima mais agradável aos visitantes.
Os 12 fotógrafos responsáveis pelas imagens, muitas de denúncia sobre a poluição ou a falta de água, são nomes consagrados do fotojornalismo brasileiro, entre eles Fernando Frazão, da Agência Brasil.
A programação sobre o tema será encerrada na sexta-feira (24), com o seminário Crise hídrica no Brasil: ontem, hoje e amanhã, que reunirá importantes nomes da ciência e das questões ambientais, como o climatologista Carlos Nobre e a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. Mais informações sobre a programação estão disponíveis na página do museu: www.museudoamanhã.org.br.