Camille Claudel sai, finalmente, da sombra de Rodin. Uma das maiores escultoras do Ocidente, a amante do famoso escultor acaba de ganhar um museu exclusivamente dedicado à sua obra décadas depois de ela morrer abandonada num asilo.
O acervo é amplo: traz desde de sua primeira escultura, de 1882, até suas últimas obras, em 1905. O museu fica na cidade de Nogent-sur-Seine, a uma hora de Paris.
MACHISMO
De uma vida tumultuada com Rodin, Camille foi amante do chamado pai da escultura moderna. Seu gênio foi sempre eclipsado pelo de Rodin - uma mulher não poderia ter a mesma grandeza de um artista homem, segundo os pesados padrões sociais da época; ela foi vítima de preconceitos por sua condição de amante.
Apesar de diagnosticada como uma pessoa capaz de voltar ao convívio social, ela ficou sozinha e abandonada por 30 anos até sua morte.