Frigideira de Bruno Albertim estreia nova temporada

Série de 15 episódios do programa será exibida agora pela TVJC
Flávia de Gusmão
Publicado em 05/10/2017 às 7:37
Série de 15 episódios do programa será exibida agora pela TVJC Foto: Divulgação


A nova temporada do programa Frigideira estreia hoje e será exibida, ao longo dos seus 15 episódios com meia hora de duração, sempre nas quintas-feiras, às 18h30, exclusivamente pela TV JC (na fan page do Jornal do Commercio ou, a qualquer momento, disponível no canal do YouTube www.tvjc.com.br).

Nesta parceria com o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), a produtora 485 Filmes, do diretor Mário Rios, coloca o jornalista, antropólogo e crítico de gastronomia do Jornal do Commercio à frente de uma missão: investigar in loco a influência da comida no cotidiano das pessoas. Numa liguagem acessível, seguido pela câmera que fornece imagens preciosas e movimentos espontâneos, Bruno Albertim não se limita a repassar receitas. Antes, ele tece com uma prosa carismática informações sobre a cidade, seus moradores, reminiscências pessoais e, claro, as delícias que são produzidas nas cozinhas, sejam elas populares ou ultrassofisticadas.

O primeiro episódio é particularmente significativo no formato escolhido por Bruno Albertim e a 485 Filmes para fazer com que sua mensagem atinja o alvo. A pequena crônica audiovisual tem início com o apresentador pontuando a importância dos botequins na sua vida e, por extensão, no mosaico que forma a urbe, neste caso em particular, a Região Metropolitana do Recife.

BOTECO

Comida de Boteco é o título e o mote do episódio de estreia, que vai levar o espectador carinhosamente pela mão, permitindo que ele conheça os 50 anos que ancoram uma instituição chamada Bar Sem Nome, em Barra de Jangada. Logo na abertura do programa, enquanto ainda dirige seu carro e compartilha suas memórias conosco, que estamos do outro lado da tela, Albertim nos alerta para a tradição como pedra fundamental para que entendamos a solidez que sustenta por tanto tempo um endereço como este.

Depois de repassar um pouco das história do Bar Sem Nome, hoje comandado por Paula, neta de sua fundadora, Dona Anália, Bruno Albertim pede licença para, adentrando a cozinha familiar, entregar algumas de suas pedras preciosas culinárias. É uma delícia. As narrações, entrevistas e passo a passo das receitas são entremeadas por imagens da cenografia local. O grande areial da praia em frente, até há pouco tempo um ermo considerado longe demais para se ir. Um detalhe: a trilha sonora é pontuada predominantemente pela música pernambucana contemporânea.

A espontaneidade, do entrevistador e dos entrevistados, é um dos ingredientes que fazem de Frigideira um programa único em seu caráter. Não há a preocupação em se gourmetizar nada: nem as falas, nem as pessoas, nem as situações. Elas são o que são, um manancial cultural pronto para ser aproveitado. É encantador ouvir a segunda história de vida e negócios contida neste primeiro episódio, a do Omeletes Bar, em Piedade, com sua despretensão erguida sobre ovos batidos e 15 tipos de recheio.

Muitas outras surpresas aguardam o espectador nos outros episódios do programa Frigideira. Em um deles, por exemplo, Bruno Albertim vai nos lembrar de onde vem o hábito humano de consumir carne crua, embora o processo de cozimento pelo fogo seja, há muito tempo, um divisor de águas como marco civilizatório. A equipe do Frigideira vai proporcionar também a experiência única de acompanhar o preparo da comida de santo dentro de um terreiro de candomblé. É só ficar ligado e viajar com o Frigideira de Bruno Albertim.

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