Fellipe Fernandes faz estreia auspiciosa com curta no Festival de Cannes

O Delírio é a Redenção dos Aflitos foi exibido na Semana da Crítica
Ernesto Barros
Publicado em 17/05/2016 às 4:28
O Delírio é a Redenção dos Aflitos foi exibido na Semana da Crítica Foto: Divulgação


Desde o fim de semana que que os cineastas pernambucanos começaram a mostrar suas unhas no Festival de Cannes. O curta-metragem O Delírio é a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes, teve duas sessões no Hotel Miramar, no domingo (15-5), e outra na segunda-feria 916-5), no Théâtre Alexander III, onde foi o mais aplaudido entre os cinco curtas exibidos, que representavam Portugal, Canadá, Indonésia e França.

Primeira experiência de Fellipe como realizador, o curta tem como cenário um prédio condenado no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, além de outras ruas e avenidas da cidade, que ainda são pouco visitadas pelo cinema local. A história do filme, muito bem articulada pelo diretor, é forte e mostra como uma jovem comerciária, casada e mãe de uma menina, lida com o fato de ser a única moradora do prédio.

 

A situação vivida pela protagonista do filme, que Nash Laila traduz com bastante expressividade – ora frágil, ora vigorosa – se torna ainda mais cruel porque ela acontece durante o Natal. O excesso de luzes do lugar onde trabalha e a penumbra do apartamento, sob a ameaça de desabamento, além da tensão da demora do marido aparecer para fazer a tão sonhada mudança, dão ao filme um clima misto de drama social e filme de suspense. Estreia auspiciosa de Fellipe Fernandes, que já está em fase de desenvolvimento de seu primeiro longa-metragem.

Leia mais sobre o Festival de Cannes na edição desta terça-feira (17-5) no JC+, do Jornal do Commercio.

O repórter viajou numa parceria entre o JC, o Institut Français e a AESO-Barros Melo.

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