A depender da viúva do icônico ex-presidente da Apple, o filme "Steve Jobs", que estreia nesta sexta-feira (9) nos Estados Unidos, jamais teria chegado aos cinemas.
É o que diz reportagem da revista "Hollywood Reporter" sobre Laurene Powell Jobs, que teria pressionado estúdios americanos e os atores Leonardo DiCaprio e Christian Bale para que não filmassem a história do inventor do Macintosh, do iPod e do iPhone.
Diz a revista que em 2011, quando Jobs estava no leito de morte, produtores da Sony Entertainment tiveram acesso aos originais da biografia escrita por Walter Isaacson, publicada naquele mesmo ano. Uma soma de US$ 3 milhões garantiu os diretos de filmagem à Sony e, desde então, o projeto de um filme sobre o fundador da Apple teve perdas e ganhos.
O diretor David Fincher e os atores Leonardo DiCaprio e Christian Bale deixaram a produção. A direção ficou então com Danny Boyle e o papel de Jobs, com Michael Fassbender.
Com diretor e ator acertados, o filme ainda teria diversos obstáculos, dois deles nas figuras de Tim Cook, atual presidente da Apple, e Laurene Jobs. "Eles não ajudaram", disse o diretor do filme à revista. O roteirista Aaron Sorkin chegou a se desculpar e dizer que esperava que Cook gostasse da produção.
Tempos antes, o executivo da Apple havia dito, no programa "The Late Show with Stephen Colbert", talk show de maior audiência dos Estados Unidos, que as tentativas de imortalizar seu antecessor nas telas de cinema não passavam de oportunismo. "Essa não é uma das partes boas do mundo", disse Cook ao apresentador do programa.
Mas foi da viúva de Jobs que veio a maior resistência. Fontes da produção do filme ouvidas pela revista dão conta de que Laurene tentou barrar o filme. Ela teria pedido à Sony que não fosse em frente com o projeto e, diante da resposta negativa da empresa, teria ligado a DiCaprio e Bale pedindo que não aceitassem papéis na biografia.
Outra fonte disse que ela teria feito lobby em cada um dos grandes estúdios para que o filme fosse enterrado.