Quando iniciou sua carreira em Hollywood, Rodrigo Santoro quase não falava. Agora, ele não só fala como é o Verbo, a palavra do filho de Deus.
- Como você se preparou para o papel?
Como sempre faço, mergulhando de forma profunda na história e nas motivações profundas do personagem. Dessa vez, é o mais icônico que já fiz. A ioga me ajudou no processo de interiorização, mas o mais difícil foi o depois. Tenho tentado ser um homem diferente. Ninguém vive o Cristo impunemente. Mas é difícil levar adiante sua mensagem de amor no mundo atual.
– Como foi ficar preso naquela cruz?
Filmamos em Matera, uma das mais belas cidades italianas, onde Mel Gibson fez o Cristo dele. Eu ali naquela cruz, quase nu. Na noite anterior, havia nevado. Um frio do cão. Eles (a produção) tentavam me manter aquecido. Foi um exercício de humildade. Lá pelas tantas, não sentia mais os membros. Aquele ‘Tudo está consumado’ veio do fundo, visceral.