Globo grava mininovela Justiça no Recife

Trama contará com Jesuíta Barbosa, Debora Bloch e Cauã Reymond
Bruno Albertim
Publicado em 28/04/2016 às 19:36
Trama contará com Jesuíta Barbosa, Debora Bloch e Cauã Reymond Foto: Globo/Divulgação


Há um mês, o diretor José Luiz Villamarim compensava o medo de contrair alguma doença decorrente da picada de um mosquito qualquer reforçando o repelente sobre a pele. Ao lado da produtora Brenda da Matta e do diretor de fotografia Walter Carvalho, driblava o sol forte de Olinda em busca de locações para a próxima noveleta da Rede Globo de Televisão. Ainda não tinha certeza se gravaria aqui. “A outra opção seria Goiás”, disse ele, com a certeza apenas de que gostaria de ambientar a trama em outros centros urbanos que não o Rio de Janeiro ou a São Paulo. Porque longe dessas duas, a geografia criativa da teledramaturgia nacional parece não saber respirar. “São histórias urbanas, em cidades não identificadas, mas com uma ambiência forte”, disse ele. A dúvida já foi dissipada. Neste final de semana, começam a chegar no Recife equipe e elenco de Justiça.


A trama está programada para a a faixa das 23h, horário reservado a novelas com tratamento estético e narrativo mais contundentes que os folhetins eletrônicos mais banalmente binários com suas eternas dicotomias afetivas entre ricos e pobres. De clima policialesco, tintas de existencialismo noir, a trama tratará de quatro pessoas envolvidas em um mesmo crime que se encontram depois do episódio modulador de suas vidas.

Até segunda-feira, chegam à cidade os atores que passaram o último mês sendo treinados pelo preparador de elenco Chico Aciolly: o pernambucano Jesuíta Barbosa integra a equipe ao lado de profissionais como Cauã Reymond, Debora Bloch, Adriana Esteves, Vladimir Brichta, Antônio Calloni, Lendra Leal, Enrique Diaz, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes e Marina Ruy Barbosa.


“Temos preparado a obra com ensaios entre os atores, ministrados pelo Chico Accioly. Nesses encontros, conversamos sobre as possibilidades dos personagens, as incertezas, levantamos essas questões. Acontecem improvisos que duram bastante tempo. O método com improviso é muito bom para experimentação de voz, corpo, para o contato íntimo entre os atores do projeto. Pude ser recebido por Debora Bloch, que foi muito generosa no caminho do improviso. Estamos experimentando. Tenho certeza de que o Recife vai dar ao grupo a força que é necessária para contar essas histórias”, disse Jesuíta, ainda do Rio, antes de embarcar para Recife. A noveleta é o sexto trabalho do ator na Globo. Depois de ser revelado pelo filme Tatuagem, de Hilton Lacerda, ele fez séries como Amores Roubados e Ligações perigosas, escrita aliás, pela mesma Manuela Dias que assina o texto de Justiça.

 

 

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