Claire, personagem de Robin Wright na série House of Cards, é tão (ou mais) forte e ambiciosa quanto seu marido, o presidente Frank Underwood, interpretado por Kevin Spacey. E, na trama, ela tem buscado sair das sombras do cônjuge e reclamar seu merecido lugar no poder. Mais ou menos como fez Robin Wright, que engrossou a luta das mulheres de Hollywood por remuneração igualitária e exigiu o mesmo salário de Spacey.
A protagonista de House of Cards afirmou, durante evento em Nova York que precisou lutar para que os produtores pagassem a ela o mesmo que era pago a Spacey. A luta por igualdade de salários entre os gêneros, aliás, é antiga em Hollywood, já que, historicamente, os homens recebem mais do que as mulheres pelas mesmas funções. Sobre esse resquício do machismo, ela teria contado a história de sua luta nos bastidores durante evento em Nova York, segundo o Huffington Post.
“Eu disse que eu queria receber o mesmo paamento que o Kevin. Foi o paradigma perfeito: existem poucos filmes ou séries de TV em que o protagonista masculino, patriarcal, e a matriarcal são tratados como iguais. E House of Cards é uma dessas séries. Eu olhei as estatísticas e a personagem Claire Underwood foi mais popular que Frank por um período de tempo. Então eu falei: ‘é melhor vocês me pagarem ou eu vou a público’. E eles me pagaram”, disse.
Para se ter ideia, segundo o Papel Pop, Kevin Spacey recebia aproximadamente um milhão de dólares por episódio, enquanto Wright, no ano passado, recebia menos da metade, aproximadamente 420 mil dólares por episódio.