Responsável pela caracterização dos personagens da minissérie Justiça (Globo), Lu Moraes afirma: "Aqui não há brilho, tampouco cabelos com cara de festa. Tem gente com olheiras por noites mal dormidas. A história é fictícia, mas o que se sente ao conhecer os personagens é crível, humano, visceral". A expressão "compromisso com o realismo" é utilizada pela emissora ao apresentar as opções estéticas relacionadas à fotografia, ao figurino e à caracterização para sua nova produção dramatúrgica, que tem estreia marcada para agosto e é dirigida por José Luiz Villamarim.
No geral, a equipe de caracterização utilizou pouca maquiagem e peças simples para vestir os personagens. No caso de Fátima, interpretada por Adriana Esteves, por exemplo, a ideia era mostrar uma "pele sem frescor, maltratada pela tristeza". A personagem passou sete anos presa e foram criadas algumas manchas no rosto da atriz. Especialmente para o núcleo de Fátima, as peças de figurino foram compradas no Recife (também foram adquiridos peças artesanais, um ônibus e uma jangada para a continuação das gravações, no Rio de Janeiro).
Lugares da capital pernambucana como o edifício Holiday foram transformados em locações. É lá que Vicente (Jesuíta Barbosa) vai morar após deixar o presídio. Os profissionais de Justiça procuraram não alterar muito o apartamento, onde uma família morava na vida real. "Não tiramos quase nada do lugar. Fiquei bastante impressionado ao ver os atores circulando naquele cenário. É muito realista", afirmou o cenógrafo Fábio Rangel na apresentação da minissérie.
A MINISSÉRIE
Quatro histórias independentes, mas interligadas de alguma maneira, formam a trama da minissérie Justiça. Ela foi escrita por Manuela Dias, com a colaboração de Mariana Mesquita, Lucas Paraizo e Roberto Vitorino. Junto com o diretor artístico José Luiz Villamarim trabalham Luisa Lima, Walter Carvalho e Isabella Teixeira. Composta por 20 capítulos, ela será exibida de segunda a sexta-feira (exceto nas quartas-feiras).