Nova temporada de 'Narcos' tem como foco o temido Cartel de Cali

Na terceira leva de episódios, o fato de Pablo Escobar estar morto é apenas o início de outro problema
da Estadão Conteúdo
Isabel Ribeiro
Publicado em 23/08/2017 às 9:15
Na terceira leva de episódios, o fato de Pablo Escobar estar morto é apenas o início de outro problema Foto: Foto: Juan Pablo Gutierrez/Netflix/Divulgação


Pablo Escobar está morto. O que poderia significar o final de um problema é apenas o início de outro. O tema narcotráfico não se esgota facilmente. Este é um poder que muda de mãos e o foco da terceira temporada de Narcos passa a ser o Cartel de Cali. Esta é a missão dos policiais da agência americana antidrogas Drug Enforcement Administration (DEA), liderados por Javier Peña (Pedro Pascal).

A nova leva de episódios, que chega ao Netflix em 1 de setembro, retoma o retrato da origem, ascensão e sucessão dos chefões do pó na Colômbia. Wagner Moura, intérprete de Pablo Escobar, o protagonista das duas primeiras temporadas, não participa desta fase. Um dos maiores assassinos do século XX, Don Pablo, o fundador do Cartel de Medellín, acabou morto pelas forças colombiana e americana. O fato foi recriado no último episódio da segunda temporada e, ao que parece, encerrou a participação do brasileiro no drama policial.

Dos principais rostos conhecidos de 'Narcos', a nova fase traz Pedro Pascal, conforme já mencionado. O agente irá novamente atuar na Colômbia. Também continua na trama o ator Alberto Ammann, como o discreto assassino Pacho Herrera, que cuida da distribuição internacional da cocaína. O mesmo acontece com Damián Alcázar, que faz o traficante Gilberto Rodríguez Orejuela, o criador do Cartel de Cali. Agora, seu personagem vem mais intenso, como um implacável antagonista. Francisco Denis também está de volta. Ele interpreta Miguel Rodríguez Orejuela, o irmão de Gilberto, e cérebro da organização de drogas mais rica do mundo

DISCRIÇÃO

Na era pós-Escobar, abordada nesta temporada, o Cartel de Cali é gerido de uma maneira muito diferente do antecessor. No lugar de bombas e sequestros televisionados, a liderança da vez prefere subornar oficiais do governo. A intenção é manter suas ações violentas bem longe das manchetes dos jornais.

A administração do império do narcotráfico está concentrada em quatro figuras centrais, que se autodenominam os Cavaleiros de Cali. São eles o 'chefe dos chefes' Gilberto, seu "mano" Miguel, o próprio Herrera e Chepe Santacruz Londoño (Pêpê Rapazote), um mandachuva colombiano atuando em Nova York.

São apresentados ao público, ainda, tipos como o chefe de segurança Jorge Salcedo (Matias Varela), que prefere defender a própria família aos patrões contraventores. Quem também dá as caras na organização é David Rodríguez (Arturo Castro). Sobrinho do chefão Gilberto e filho de Miguel, ele reluta em assumir uma posição de comando. E tem o economista Franklin Jurado (Miguel Ángel Silvestre), que "lava" o dinheiro das drogas. Casado com Christina (Kerry Bishé), inadvertidamente acaba colocando a esposa em perigo.

Outros personagens explorados na narrativa são os novatos Chris Feistl (Michael Stahl-David) e Daniel Van Ness (Matt Whelan). Os dois trabalham como agentes do DEA. Mesmo entusiasmados, não têm a menor experiência para lidar com a complexa engrenagem do crime organizado.

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