A vida de Maria Valéria Rezende é interessante por si só. Começou cedo sua trajetória religiosa e, como freira e educadora, percorreu o mundo e o Brasil atuando e divulgando seus projetos sociais. Tudo isso não era o suficiente para ela, no entanto. Aos 60 anos, em 2001, ela estreou na literatura com os contos de Vasto mundo, recebendo logo reconhecimento dos leitores e da crítica.
Desde então, vem se dedicado à literatura – seu mais recente romance, Quarenta dias (Objetiva), foi publicado neste ano. Nascida em Santos e radicada em João Pessoa, na Paraíba, Valéria é uma das convidadas de sexta (22/8) da programação do Festival A Letra e a Voz, a partir das 17h, no Forte das Cinco Pontas, com entrada gratuita. A mesa tem um título misterioso: Há cerca de dez dias uma conhecida me telefonou no meio da noite.
A ideia é que Maria Valéria fale do processo de construção de uma narrativa – sobre o caminho que uma faísca percorre até se tornar uma obra. No seu livro mais recente, parte da sua experiência como educadora que ensinou operário e sindicalista a ler e visitou Cuba, França e Angola para criar a história de Alice, uma professora aposentada na casa dos 60, que larga sua vida pacata em João Pessoa para ajudar a cuidar do seu neto em Porto Alegre e tem um surto logo ao chegar lá. Para tentar se recuperar desses 40 dias, ela passa a escrever um diário.
Leia mais no Jornal do Commercio desta sexta (22/8)