Mais de dois milhões de exemplares das memórias de Michelle Obama foram vendidos em duas semanas em Estados Unidos e Canadá, anunciou nesta sexta-feira (30) a editora Penguin Random House em um comunicado.
Segundo a editora, que cita a empresa especializada NPD BookScan, "Becoming: A Minha História", já é o livro mais vendido nos Estados Unidos em 2018.
No dia do seu lançamento, em 13 de novembro, a ex-primeira-dama começou a turnê para promovê-lo no país, com apresentações diante de milhares e pessoas e salas lotadas apesar do alto preço dos ingressos, em alguns casos.
Na semana que vem, irá promovê-lo na Europa. Segundo a Penguin Random House (PRH), a matriz da Crown Publishing, selo que publica a obra, "Becoming" já imprimiu mais de 3,4 milhões de cópias para o mercado da América do Norte.
Já traduzido para 31 idiomas, também se posicionou como o livro mais vendido em Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e França, segundo a PRH.
De acordo com um porta-voz do Editions Fayard, o livro vendeu mais de 50.000 cópias na França, onde já está em processo uma segunda reimpressão.
Michelle Obama, de 54 anos, conta na obra episódios desconhecidos de sua vida, como a dificuldade de engravidar, seu desinteresse pela política e sua incapacidade de perdoar Donald Trump pela polêmica sobre a cidadania de seu marido, Barack Obama.
No ranking de 2018, Michelle desbancou nos Estados Unidos "Fogo e fúria", o livro de Michael Wolff que pinta um quadro apocalíptico da vida na Casa Branca na era Trump. Publicado em janeiro, o livro também vendeu mais de dois milhões de cópias.
O ano literário nos Estados Unidos tem estado marcado de maneira inédita pelos livros de temática política, entre os quais figuram "A higher loyalt", do ex-diretor do FBI James Comey, e "Fear", de Bob Woodward, cada um dos quais superou um milhão de exemplares vendidos.
As obras autobiográficas de Barack Obama, "Dreams from My Father" e "The Audacity of Hope", venderam um total de 4,6 milhões de cópias e são referência do gênero até agora.