Delegado Marcelo Barros lança narrativa policial 'Mar de Fora'

Por conta de uma entrevista polêmica, um delegado de homicídios de Pernambuco termina sendo transferido para atuar em Fernando de Noronha. É como um quase inferno particular, com a vida pacata da ilha e os “mosquitos zumbindo ao meu redor, insistindo em entrar na minha boca, nariz, olhos e sabe-se mais onde... Além do calor...”. Pouco depois de chegar lá, no entanto, precisa investigar um assassinato brutal que aconteceu no local vendido como um paraíso.

É com essa trama que começa o novo livro do escritor e delegado Marcelo Barros, que, não por acaso, atua há seis anos em Fernando de Noronha. A vida na ilha o inspirou a escrever a ficção Mar de Fora, editada pela Escribas, que ganha lançamento terça-feira (30/4) no Recife, a partir das 18h, no Bar Central. No dia 11 de maio, o livro volta a ser apresentado no evento Radiola no Mercado, na Encruzilhada, e, na semana passada, já recebeu sessão de autógrafos em Fernando de Noronha.

Fausto, nome do personagem e narrador, começa o romance despertando em um lugar escondido da ilha – e sem saber como chegou ali. A investigação é cheia de mistérios. Primeiro, o corpo parece lembrar o de outro assassinato, que era investigado por Fausto quando atuava no Recife e foi transferido. Além disso, o delegado tropeça na incompetência e indisposição dos seus colegas policiais e peritos de Fernando de Noronha.

O título da obra faz referência a um termo utilizado para ser referir ao pedaço do mar que fica na direção da parte mais ampla do oceano, em oposição às águas que apontam para o continente brasileiro. Apesar de trazer uma trama totalmente ficcional, o romance de Marcelo Barros é baseado em sua vivência na ilha, trazendo locais, personagens e expressões que captou nos últimos seis anos.

OUTRAS OBRAS

Além de Mar de Dentro, Marcelo Barros tem outros livros publicados. Doutor em Sociologia, ele já lançou os volumes Polícia, Sociedade e Democracia (2007), Dimensiones Histórico-sociológicas de la Tortura en Brasil (2013) e Polícia e Tortura no Brasil: Conhecendo a Caixa das Maçãs Podres (2015).