Um dos expoentes da nova geração de cantores pernambucanos, Johnny Hooker chamou atenção do público e mídia com a sua badalada participação na trilha sonora do premiado longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, além de sua atuação na novela global Geração Brasil. Mas foi com o lançamento do seu primeiro álbum Vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito!, no início do ano, que o cantor se consolidou como um importante nome e um artista para se estar atento a ele. Agora, se prepara para iniciar uma turnê nacional de lançamento do trabalho, que tem início nesta sexta-feira (27), no Recife, com show no Teatro Luiz Mendonça.
Em entrevista concedida por telefone, enquanto Johnny – que é conhecido pelo seu visual e performances característicos – ia comprar maquiagem para usar na apresentação, contava que não poderia iniciar a turnê em outro local. “Eu escolhi começar no Recife porque é minha casa. A gente não faz show aqui desde do Abril pro Rock do ano passado. A vontade de tocar estava muito forte. Vontade não, quase que uma necessidade. Estrear na sua casa é essencial”, afirmou o cantor.
Segundo ele, a apresentação segue o mesmo conceito do álbum, iniciando com a canção que dá titulo ao disco, uma declaração de vingança que segue para a expurgação dessa dor, finalizando com novo Carnaval. “O show é divido em três atos, e eu espero que o público que assista consiga perceber isso. O primeiro ato é justamente essa coisa da dor; no segundo, a gente vai no fundo do poço, é onde tocam as musicas mais fortes e os covers; e no terceiro é a virada da página, onde começar a levantar e sacudir a poeira, é o bloco que tem as marchinhas de Carnaval”, adianta, contando ainda que está preparando algumas surpresas, como canções novas e covers, “para ir além do repertório do disco”.
“A estrutura já estava meio que definida no show do APR, a gente ainda não tinha fechado os arranjos, mas, principalmente, o primeiro ato estava lá. Mas há números novos, a performance muda também”, explica Johnny. Os cuidados envolveram também a cenografia, para criar toda a aura do show: “É tudo preto, e no final tem uma surpresa. Mas é bem focado nessas coisas da performance, da banda e minha. Quando a gente está no palco, todos os integrantes são atores”, conta, afirmando que, apesar de estar fazendo um show de rock, é uma ópera rock, ao mesmo tempo, na qual os músicos integram o elenco junto com ele.
“Por isso estou insistindo em fazer esse show no teatro. Porque, quando faço num lugar aberto ou uma casa de show, as pessoas têm uma tendência a se dispersar. E no teatro elas vão prestar atenção na narrativa”, emenda.
O disco estreou como um dos mais vendidos e acessados nas principais plataformas de streaming (Itunes e Spotfy), mostrando que o trabalho tem agradado ao público. E isso se reflete em assédio e expectativa dos fãs para o show. “O público está falando muito no Twitter e na fan page do Facebook. Elas postam fotos com o ingresso! Eu aposto que vai ser um abalo no coração”, conta, empolgado. “A gente está fazendo o maior esforço possível pra ter certeza que esse show vai ficar na memória afetiva das pessoas por muito tempo. É um show grande, e que, nesse sentido teatral, nunca foi feito no Recife”, finaliza.
Confira a versão de Volta para a trilha sonora de Tatuagem: