Alice Caymmi traz elogiado show para o Teatro Guararapes

Neta de Dorival e sobrinha de Nana, a carioca de 24 anos traz seu show ao Recife, com músicas repaginadas de Caetano a MC Marcinho
Bruno Albertim
Publicado em 17/08/2015 às 10:27
Neta de Dorival e sobrinha de Nana, a carioca de 24 anos traz seu show ao Recife, com músicas repaginadas de Caetano a MC Marcinho Foto: Caio Galucci/divulgação


Herdeira de uma das mais diletas dinastias da MPB, Alice Caymmi é reverenciosa e iconoclasta ao mesmo tempo. A neta de Dorival gosta de dizer que a música brasileira sofre de “um excesso de tributos”, uma espécie de carma a reproduzir os padrões de composição e do canto das divas encasteladas . Carioca, 24 anos, a filha de Danilo e sobrinha de Nana de quem carrega também o timbre denso, a voz espessa, traz à cidade o show em que, além de inevitavelmente encantar, pretende incomodar.

Na próxima sexta-feira (21), a pequena revolução Alice sobe ao palco do Teatro Guararapes para apresentar o elogiado show Rainha dos Raios, fruto de seu segundo álbum. “As pessoas não lembram que meu avô começou cantando música clássica e quando surgiu, de violão, cantando o cotidiano e as canções do povo simples, dos pescadores da Bahia, também o acharam cafona”, diz ela, cuja voz avassaladora conjuga do cancioneiro do próprio avô a hits de outras épocas. Um exemplo disso é a chicletinha Sou Rebelde, dos anos 1970 e o funk Princesa, do MC Marcinho.

Alice abre a apresentação com Iansã, de Caetano, da qual tirou o título do disco. Com arranjo sutis e elegantemente eletrônicos, além dos instrumentos tradicionais, o repertório tem o hit I Feel Love, de Dona Summer, Bang Bang, de Cher, o hino Meu Mundo Caiu, de Maysa, além de Jasper e Homem, também de Caetano. Interpretações generosamente elogiadas pelo cantor.

Dona das próprias tempestades, Alice já não sente a pressão de uma herdeira. “Minha voz é semelhante à da minha tia, temos estruturas genéticas semelhantes, mas usamos a voz da maneira que queremos. Quarenta pessoas podem tocar o mesmo violão de maneiras diferentes. Só assim, funcionamos como indivíduos dentro da arte”, diz o para-raios aguçado chamado Alice Caymmi.



Leia matéria completa na edição desta segunda-feira (17/08) do Jornal do Commercio 

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