clássicos

Elza Soares canta Lupicínio Rodrigues no Teatro Boa Vista

Cantora relembra repertório do gaúcho em duas noites de apresentação

Karol Pacheco
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Karol Pacheco
Publicado em 11/09/2015 às 11:36
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Cantora relembra repertório do gaúcho em duas noites de apresentação - FOTO: Foto: Reprodução da internet
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“O senhor se enganou. Meu nome não é Rosa; e eu detesto rosas”, desaforada, respondeu Elza Soares ao desconhecido que lhe galanteava – há 55 anos, após show na boate carioca Texas Bar. Um homem baixinho, careca e de bigode, lhe disse: “rosas para uma rosa”, e levou o tal revés. Era Lupicínio Rodrigues (1914-1974), que logo em seguida se apresentou como autor da música Se Acaso Você Chegasse: “Sabe o sucesso que você está fazendo? Fui eu quem dei a você”. Como mais uma forma póstuma de compensar a gafe já desfeita nos anos de amizade que se seguiram, Elza Soares gravou, em Porto Alegre, o DVD Elza Canta e Chora Lupicínio, cujo show será apresentado, amanhã e domingo, no Teatro Boa Vista, às 20h e 21h, respectivamente. 

“Será que tinha coragem / De trocar nossa amizade / Por ela que já lhe abandonou?” Dos versos de Se Acaso Você Chegasse (gravado por ela, em 1960) para cá, Elza, de vez em sempre, inclui músicas do seu amigo “Lupe” no repertório dos shows. No tributo em questão, todo composto pelos melodramas da dor de cotovelo cantada pelo gaúcho – começa por Exemplo e Esses Moços, encerra com Nervos de Aço e Felicidade. “A felicidade também é dramática; e faz chorar, faz sorrir, entendeu?”, reflete Elza, em entrevista por telefone ao JC.

Bem como mostrou no show que fez no Teatro de Santa Isabel, em janeiro, ao interpretar, emocionada, algumas de Lupicínio, Elza faz dos olhos cachoeiras de lágrimas ao cantá-lo. Portanto, rebatizou o show, acrescentando o “chora” no título. “Não tem como separar. Você canta e a emoção vem. É muito nostálgico. Sempre que vou cantar, é emoção. É uma coisa que está presente e, por mais que você tente driblar, não consegue”, admite. 

Leia matéria completa na edição desta sexta-feira (11/9) do Jornal do Commercio

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