A voraz Odebrecht, como o samba, nasceu na Bahia, estado com um ouvido musical que não é normal. Portanto, entre os seus executivos inevitavelmente não poderia deixar de haver alguém com talento para a música popular. No caso, Pedro Novis, ex-presidente da empreiteira (sucedido por Marcelo Odebrecht). Amigo de infância de Caetano Veloso, Novis é parceiro dele em Relance, lançada por Gal Costa, no antológico álbum India, em 1973.
Não é o único baiano, envolvido na Lava Jato, com pendores artísticos. O marqueteiro João Santana, já pertenceu ao grupo Bendegó, que acompanhou Caetano Veloso na gravação e na turnê do álbum Jóia, em 1975. Santana era então conhecido por Patinhas e é parceiro de, entre outros, Moraes Moreira no sucesso Forró do ABC.