FIG 2017

Zeca Pagodinho faz Garanhuns cair no samba

Convocado de última hora, carioca fez grande show na noite de domingo

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 24/07/2017 às 12:15
Elimar Pereira / Fundarpe
Convocado de última hora, carioca fez grande show na noite de domingo - FOTO: Elimar Pereira / Fundarpe
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A luz do dia começava a se despedir do céu da Praça Mestre Dominguinhos, e alguns bares ao redor já abrigavam animadas rodas de samba. Uma espécie de aquecimento do que vinha pela noite: escalado para substituir o baiano Tom Zé de última hora, impedido de fechar o contrato por falta de documentação, o carioca de Xerém Zeca Pagodinho fechou a noite de domingo na 27ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns.

Apesar do expediente no outro dia, o público não se fez de rogado. Cerca de 90 mil pessoas, segundo informações da organização do festival, ocuparam a praça neste domingo.  Zeca chegou a Garanhuns apenas no final da tarde. E muitíssimo bem acompanhado. Entre produtores, assistentes e músicos, trouxe um staff de 27 pessoas.

Visivelmente contente, o cantor só tirava o sorriso de canto a canto na boca para dar um gole na taça de vinho tinto ou de cerveja dispostos sobre um banco alto do palco – sua produção providenciou um freezer devidamente cheio de sua marca preferida de cerveja para o aquecimento no backstage.

Contido e risonho, Pagodinho fez, de novo, de seu partido alto um biscoito finíssimo.  Entre cordas, metais, percussões e batuques, Zeca conta com a talvez mais poderosa orquestra do samba brasileiro. São nada menos que 15 músicos. Sem grandes alterações rítmicas, seu show fez o povo todo dançar alinhado ao som dos clássicos  já talhados na memória popular de Pagodinho como Verdade, Coração em Desalinho, Samba pras moças e Vou botar teu nome na macumba.  Suave, o repertório privilegiou as canções que mais falam de amor.

BEAT

Logo antes de Pagodinho, a praça foi tomada pela usina sonora de afrobeats da banda baiana Ifá, dona de um naipe poderoso e do acento afirmativo do grupo de rap Donas, formado só por mulheres.  Surgido em 2004, por iniciativa das MC’s  MJ (Mariana Oliveira) e Fabidonas. Nas letras marcadas pela batida do rap, amor próprio,  autoestima e a afirmação da mulher nordestina. No palco Pop, Graxa, codinome de Angelo Souza e um dos novos nomes do rock recifense fez o show mais “matador” da noite.

Nesta terça,  Barro (18h) e Curumim (20h20) são os principais destaques do Palco Pop, no Parque Euclides Dourado. No palco da Praça Mestre Dominguinhos, Eddie, com a participação do Grêmio Henrique Dias (22h) e Bayana System (0h30).  Às 16h30, o Programa do Conservatório Pernambucano de Música apresenta, na Catedral de Santo Antônio, o show “Em casa com Luiz Eça” com elenco afiado: Toninho Horta (violão e guitarra), Itamar Assiere (piano), Mauro Senise (sopros), Ricardo Costa (bateria), Zé Renato (voz) e Igor Eça (baixo e direção musical).

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