O reggae norte-americano está mais vivo do que nunca com a volta do Groundation, após uma pausa de três anos. E já tem data marcada para o grupo vir ao Recife apresentar seu novo álbum, Groundation The Next Generation, a ser lançado no dia 21 de setembro, que representa uma guinada numa trajetória de 20 anos. A pré-venda para o show, que acontece no dia primeiro de dezembro, já começou, com ingressos custando entre R$ 40 e R$ 70 à venda no site Sympla.
Na ocasião, o público recifense poderá conferir os dois novos singles dos regueiros – Fossil Fuels e My Shield, que faz parte do novo disco, além de clássicos como One More Day e Babylon Rule. No line-up do Pernambuco Reggae Festival, que não possui local definido, ainda haverá a cantora Dezarie (EUA) e outras atrações não confirmadas. Groundation ainda passará por São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador, Vitória e Maceió.
Tanto a sonoridade quanto as letras das novas músicas, já disponíveis nas plataformas digitais, refletem a essência “roots” que Groundation tem mantido nesses anos de caminhada. A inovação, no entanto, norteia a visão do grupo desde o princípio início, como explica o líder Harrison Stafford. “O Groundation desde o início espera quebrar o molde e chegar à música com ideias novas e originais e, hoje, quando eu apresento um novo grupo de músicos, esse conceito está vivo”, afirma o músico.
A pausa do grupo se deu porque o então baterista Te Kanawa Haereiti se aposentou para se dedicar à família. “Houve muitos desafios dentro do grupo que se acumularam ao longo dos anos. Durante esse intervalo, eu me dediquei a escrever, organizar e ensaiar novas músicas poderosas para relançar o grupo e nos impulsionar para o próximo nível”, lembra Harrison.
O resultado disso é o novo disco, nono de estúdio e 11º da carreira, gravado em um estúdio “vintage” chamado Prairie, localizado no Norte da Califórnia, que também foi a casa de Hebron Gate (2002), We Free Again (2004), Dub Wars (2005), entre outros álbuns. Harrison fala orgulhoso do processo de produção, totalmente analógico, executado com instrumentos orgânicos e sem a utilização de ferramentas digitais de computador. “É muito raro, hoje, você ter todos os músicos no estúdio gravando a música desde o início na fita analógica, onde não há ‘tente uma segunda ou terceira vez’ e você realmente tem que tocar a música sem correções digitais”, afirma.
Os dois novos trabalhos da banda trazem nas suas letras uma perspectiva visionária. Fossil Fuels, com um tema recorrente na reggae music, relacionado com o apreço à natureza, questionando as atitudes humanas de destruição dos recursos naturais. E My Shield cantando a energia positiva e adoração à Jah. “A questão é ‘o que estamos tentando transmitir aos nossos filhos para ajudar a prepará-los para o futuro?’ Há um aviso sobre o meio ambiente e política como na música Fossil Fuels e também a necessidade de incutir confiança e força para superar esses grandes obstáculos como na música My Shield”, explica Harrison.
Uma surpresa que o grupo adianta é que no novo disco o reggae brasileiro estará bem representado. Isso porque Helio Bentes, vocalista da banda Ponto de Equilíbrio (RJ), participará da faixa Hero, que fala sobre a espiritualidade e a presença de Jah na vida das pessoas. A expectativa para a turnê no Brasil está alta, especialmente em Recife. “Nós realmente sentimos o amor das pessoas pela música e pela mensagem e isso cria uma energia positiva que faz com que as performances ao vivo subam a alturas épicas!”, conclui.
l Groundation no Pernambuco Reggae Festival, em Recife. Dia 1º de dezembro. Local não definido. Ingressos da pré-venda entre R$ 40 e R$ 70, à venda no www.sympla.com.br.