Panamá é mais do que um ponto de conexão. É um lugar para ficar

CIDADE DO PANAMÁ – No check-in do aeroporto a atendente se surpreende quando digo que estou indo para o Panamá. “Só Panamá?”, pergunta. No ano passado, dos 7 milhões de turistas que passaram pelo país, mais da metade (66%) estava só fazendo conexão. Queriam chegar às ilhas do Caribe, aos Estados Unidos ou a qualquer outro destino nas Américas. Mas essa percepção começa a mudar. A cidade mais moderna da América Central não quer ser conhecida apenas como um ponto de passagem. Há muito o que descobrir em território panamenho. 

A “Dubai Latina” – apelidada assim por sua arquitetura moderna e seus arranha-céus – é a cidade mais internacionalizada da América Latina, tem uma biodiversidade de fazer inveja, praias paradisíacas no Atlântico e no Pacífico, centros históricos e um tentador roteiro de compras. O brasileiro é um turista cobiçado pelos panamenhos e começou a descobrir o destino nos últimos anos, mas a boa fase foi interrompida por causa da crise. Agora, com a queda do dólar os brasileiros estão voltando. 

“Existe um potencial de crescimento de 30% na participação dos brasileiros no turismo do Panamá. E o Nordeste é uma das nossas apostas, em função do clima parecido e de outras semelhanças”, acredita o representante de vendas internacionais da operadora RGE Style Travel, Edgardo Nazas. Hoje os principais emissores de turistas para o Panamá são Equador, Peru e Costa Rica, mas também se observa um crescimento da presença de argentinos e uruguaios. 

Se estiver de passagem pelo país, uma visita ao Canal do Panamá é obrigatória. Os panamenhos consideram a grande obra de engenharia como a “oitava maravilha” do mundo. O Canal é patrimônio geográfico e orgulho da população, sobretudo depois que os Estados Unidos devolveram a administração ao país (em dezembro de 1999) e que foi concluída a obra de ampliação, inaugurada em junho deste ano. Os americanos construíram o Canal e se mantiveram no controle durante 85 anos (de 1914 até 1999). 

Dois centros de visitantes proporcionam a emoção de ver embarcações passando do Atlântico para o Pacífico (ou o inverso). É como estar no umbigo das Américas. O Centro de Visitantes de Água Clara (no lado do Atlântico) permite ver a passagem de navios de grande porte na área de ampliação do Canal. Já o de Miraflores está no lado do Pacífico e compõe a área antiga da obra. A passagem das embarcações pelas eclusas é uma festa. As pessoas observam de um mirante, enquanto um locutor narra as características do navio e diz quanto a empresa pagou para passar ali. Os barcos maiores chegam a desembolsar US$ 800 mil. Os centros de visitantes têm museu, salas de projeção, restaurantes e lojas. 

Seja do lado do Atlântico ou do Pacífico, o Panamá tem belas praias. No Arquipélago de Las Perlas está localizada a Ilha Contadora, com suas praias no Pacífico, mas com ares de Caribe. Por lá se encontram águas claras, mornas e calmas e boa gastronomia. O patrimônio histórico também não deve ficar de fora do roteiro. O Panamá Viejo e o Casco Viejo são dois lugares a serem visitados. Constantemente atacado por piratas, o Panamá Viejo foi destruídos por um incêndio em 1641 e hoje restam suas ruínas.

Depois desse episódio, os espanhóis construíram a cidade colonial cercada por muralhas, que atualmente é o centro histórico Casco Viejo. Vale caminhar com tempo para visitar igrejas, teatro, museus e provar a gastronomia local e internacional em bares e restaurantes. Na Plaza de Francia funciona uma feirinha, onde é possível ver índias da etnia Kuna Yala produzindo e vendendo artesanato. Já quem não resiste às compras pode fazer um tour pelos shopping da cidade. O mais procurado é o Albrook Mall, considerado o maior da América Latina, com suas 700 lojas. 

Quatro dias é um bom período para conhecer os principais atrativos do país. De volta ao Recife, o agente da Alfândega questiona de onde estou vindo. Escuto a mesma pergunta: - “Só do Panamá?” Dessa vez repondo com convicção: - “Há muito o que ver por lá”. 

* A repórter viajou a convite da Copa Airlines e teve apoio local da RGE Style Travel

Dicas de hospedagem:

Hotel Las Américas Golden Tower Panamá

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Hard Rock Hotel Panamá Megapolis

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Wyndham Panamá Albrook Mall

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