O produtor de cinema Harvey Weinstein, acusado por dezenas de mulheres de agressões sexuais, se apresentou na manhã desta sexta-feira a uma delegacia de polícia de Nova York, antes de um provável indiciamento.
Em meio a dezenas de fotógrafos e cinegrafistas, o magnata de 66 anos que caiu em desgraça se entregou às autoridades quase oito meses depois de sua carreira ter entrado em colapso pelas acusações que resultaram no movimento global #MeToo.
O ex-produtor de cinema de Hollywood enfrenta acusações em conexão com pelo menos uma acusadora - Lucia Evans - que relatou aos investigadores que Weinstein a forçou a fazer sexo oral nele em 2004, disseram fontes.
Um grande júri especial também estava sendo apresentado com evidências relacionadas a possíveis fraudes financeiras contra Weinstein, mas não ficou claro se as acusações incluíam o tratamento incorreto de alegações.
O advogado de Weinstein, Benjamin Brafman, afirmou que promotores federais de Nova York iniciaram uma investigação criminal sobre o produtor, além de outra investigação previamente anunciada pelo Procurador Distrital de Manhattan.
Brafman disse, em declaração apresentada em 3 de maio no processo de falência da empresa de Weinstein, que ele havia sido avisado de que o produtor era o "alvo principal" da investigação conduzida pelo procurador.
Segundo o canal norte-americano de TV NBC, a polícia de Nova York tem pedido a prisão de Harvey há meses, alegando já possuir provas suficientes de dois casos.