O ator José de Abreu e a atriz Patrícia Pillar usaram as redes sociais para comentar o apoio da colega de profissão Regina Duarte ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). Ela visitou o deputado federal no condomínio onde ele vive, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Uma foto do encontro foi publicada no perfil oficial de Jair Bolsonaro nas redes sociais. Mesmo antes, Regina Duarte já vinha fazendo comentários com suas opiniões nas redes sociais.
O envolvimento dela com a política, por sinal, já rendeu até memes extraídos de um vídeo feito para a campanha de José Serra (PSDB), em 2002, no qual ela dizia ter medo da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
José de Abreu
O ator José de Abreu, conhecido por seu apoio ao PT, escreveu algumas mensagens sobre o assunto no Twitter. "Respeitei a posição de Regina Duarte enquanto ela apoiava a direita democrática com Serra, Alckimin, FHC, Dória. Quando apoioi o impeachment. Mas não respeito artistas que apoia fascista. O fascismo odeia nossa profissão e nossa classe. Elimina quem discorda e quem é 'diferente'", disse em uma delas.
"Nossos colegas, Regina Duarte, sejam artistas, técnicos, gays, lésbucas ou heteros, estamos APAVORADOS com o advento do fascimo. Ninguém mais trabalha sossegado com essa ameaça de trevas sobre nossas almas sensíveis. Não é admissível um colega de tantos anos não respeitar isso", concluiu em outra mensagem.
Respeitei a posição de @reginaduarte enquanto ela apoiava a direita democrática com Serra, Alckmin, FHC, Dória. Quando apoiou o impeachment. Mas não respeito artista quem apoia fascista. O fascismo ODEIA nossa profissão e nossa classe. Elimina quem discorda e quem é “diferente”.
— José de Abreu (@zehdeabreu) 13 de outubro de 2018
Nossos colegas, @reginaduarte, sejam artistas, técnicos, gays, lésbicas ou heteros, estamos APAVORADOS com o advento do fascismo. Ninguém mais trabalha sossegado com essa ameaça de trevas sobre nossas almas sensíveis. Não é admissível um colega de tantos anos não respeitar isso!
— José de Abreu (@zehdeabreu) 13 de outubro de 2018
Patrícia Pillar
A atriz Patrícia Pillar, que já tinha recorrido às redes sociais para combater notícias falsas relacionadas ao nome dela e para dizer que votaria em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno, também comentou o posicionamento de Regina Duarte. "Com toda admiração e respeito que tenho por você Regina, faço aqui uma ponderação: de antemão te digo que nunca fui petista, minha preocupação é com o Brasil. Mas você acha que a solução neste momento é votar em um candidato que nunca administrou uma rua sequer? Que se apresenta como salvador da pátria, mas não tem o menor conhecimento sobre economia, saúde e educação?", questionou Patrícia.
"A apologia à violência que ele prega só nos trará ainda mais violência. Violência esta que já pode ser sentida em nossas ruas. Falo aqui principalmente das minorias, pretos, pobres, LGBTIs, índios e etc. Um governo ruim pode ser trocado em quatro anos, mas a destruição do nosso tecido social poderá levar décadas. Pense nisso com carinho!", finalizou a atriz.
Em conversa com outra seguidora pelo Twitter, Patrícia escreveu: "Vamos pensar juntas... Com medo do gato, não se pode escolher o tigre. Corrupção se combate e estamos combatendo. O que não podemos é validar um governo que não se baseia em programas e soluções mas sim em estupidez e mais violência!".
Vamos pensar juntas... Com medo do gato, não se pode escolher o tigre. Corrupção se combate e estamos combatendo. O q não podemos é validar um governo que não se baseia em programas e soluções mas sim em estupidez e mais violência! https://t.co/YxZ8fQP3Zl
— Patricia Pillar (@patriciapillar) 11 de outubro de 2018
Pedro Cardoso
Vários artistas estão expressando suas opiniões políticas nos últimos dias, relatando expressões diversas. O ator Pedro Cardoso, por exemplo, que tem sido assíduo em suas publicações nas redes sociais, disse: "Eu vou votar no PT para no dia seguinte poder fazer oposição do PT".
"Eu acho que o PT não deveria ir para o poder, eu acho que outras forças deveriam ter se organizado. Entretanto, a única força que se organizou de modo eficiente foi o fascismo de Messias (segundo nome de Bolsonaro)", continuou o ator. "Contra o fascismo de Messias, provavelmente, não será possível fazer oposição", ressaltou ele.
"O fascismo silencia, cala e mata opositores. É assim historicamente e é assim que Messias prometeu fazer. Jair é fake. Ele não é a solução de nada. Ele é o problema", opinou.
Em outra publicação, Pedro Cardoso afirma: "A violência que o crime organizado prática hoje no Brasil será controlada com JUSTIÇA SOCIAL e não com mais violência. (Brasil) Essa bandeira e essas cores são minhas! Não defendo nenhum político, nem corrupção, nem sadismo! Por isso me oponho ao fascismo que se apresenta como solução. Nunca na vida agredi ninguém. Não vejo porque devo aceitar ser agredido".
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