O dólar sobe nesta terça-feira, 1, e segue em direção à máxima intraday de ontem (R$ 3,683). A moeda americana reage à aversão ao risco no exterior - com os dados frustrantes sobre a indústria na China e em outros países - e também à deterioração fiscal evidenciada na proposta orçamentária entregue nesta segunda-feira pelo governo Dilma ao Congresso.
O setor industrial da China registrou, em agosto, uma queda maior que a prevista pelos analistas, a qual sinaliza contração da atividade, segundo o índice dos gerentes de compra (PMI) oficial. Os PMIs da Índia e da Rússia também caíram consideravelmente no mês passado. Com isso, as bolsas da Europa amargam o sinal negativo, assim como os índices futuros em Nova York.
Às 9h46, o dólar batia nova máxima em alta de 0,91%, cotado a R$ 3,6660. Às 9h30, o dólar estava na mínima da sessão, a R$ 3,6400, em alta de 0,19%.
A cotação mínima aconteceu em meio à realização parcial de lucros recentes induzida pelo enfraquecimento da moeda americana no exterior frente o euro e o iene.
Segundo analistas, o ajuste externo reflete o crescente temor de que a desaceleração além do esperado da economia chinesa prejudique o crescimento global e reduza as perspectivas de inflação, o que poderia levar a um adiamento do início do ciclo de alta nos juros nos Estados Unidos.