Os investidores monitoraram nesta segunda-feira (7) o jogo político em cima da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com efeito sobre o mercado de câmbio.
Depois de uma abertura em baixa, a moeda acabou virando. Se por um lado boa parte do mercado avalia que uma mudança na Presidência é positiva, por outro muitos investidores demonstraram hoje cautela com o processo. Ainda mais porque a própria Dilma partiu para o contra-ataque, com o apoio de dezenas de juristas.
O dólar terminou a sessão em alta de 0,45%, a R$ 3,7641. Na mínima, marcou R$ 3,7302 e, na máxima, R$ 3,7783. No mês, acumula baixa de 2,91% e, no ano, alta de 41,56%. No mercado futuro, o dólar para janeiro subia 0,28% às 17h29, a R$ 3,7960.
Durante a manhã, as cotações oscilaram em baixa em alguns momentos, com investidores vendendo divisas em meio à expectativa de que Dilma possa cair. À tarde, a moeda se consolidou em elevação.
Depois de se reunir com juristas contra o impeachment, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento defendendo a não adoção de recesso no Congresso para apreciação rápida da questão "Não podemos parar o País até 2 de fevereiro", disse. A avaliação é de que seria mais fácil sepultar o impeachment já, antes que o movimento cresça. E isso é o que grande parte do mercado não quer, já que defende a saída dela.