O turismo que agita e moderniza Lisboa

Capital portuguesa alia cada vez mais inovação e tradição, atraindo visitantes
JC360
Publicado em 19/04/2017 às 1:20
Foto: NE10


Lisboa tem céu de azul intenso, luminoso. É assim durante quase todo o ano, inclusive no inverno, que não dura mais de três meses. Céu que abençoa os moradores e encanta os visitantes. E estes correm até a cidade num ritmo cada vez mais impressionante. Há uma década, eram 3,5 milhões de turistas por ano. Hoje, são 7,3 milhões, uma variação de mais de 100%, segundo estudo da Deloitte divulgado este mês pela Associação de Turismo de Lisboa.

Energizados pela luz que banha a cidade, os visitantes perambulam pelas ruas estreitas, sobem e descem as ladeiras de calçamentos seculares e, ao longo do caminho, usufruem de inúmeras atrações, históricas ou contemporâneas. Movimentam esta que já representa a principal atividade econômica do município e que gera uma receita de 6,3 bilhões de euros por ano, cerca de 20,8 bilhões de reais, com um crescimento médio anual de 9,5%


Hotel Pestana CR7 Lisboa, parceria do astro do futebol e herói nacional Cristiano Ronaldo e o maior grupo hoteleiro de Portugal. Foto: Divulgação

O charme é encontrar tudo isso em palacetes e casas que ainda mantêm as características da época em que foram construídos. Nos salões e quartos de um casarão do século XIX, por exemplo, ainda com afrescos originais e belas escadarias de madeira ou mármore, estão lojas de móveis contemporâneos, marcas de roupas independentes, bares modernos e restaurantes sofisticados. Mesmo agitado, o bairro ainda mantém alguns recantos protegidos, com praças e até um jardim botânico, e é também uma opção para quem prefere um passeio tranquilo.

Esses novos empreendimentos acabam por contrapor a imagem melancólica que tradicionalmente está associada à Lisboa e a Portugal. Desde a EXPO´98, a Exposição Mundial sediada na cidade em 1998, as autoridades locais têm feito esforços para consolidar Lisboa como uma capital cosmopolita, capaz de se modernizar sem deixar de lado a história e a tradição. O impulso maior veio com a desregulamentação do setor aéreo e o início da operação das companhias low cost, com vôos que ligam os principais destinos da Europa a Lisboa a preços camaradas. Estudantes e aposentados de países como Alemanha, Inglaterra, França e Itália invadiram a cidade e criaram novas demandas que os lisboetas estão sabendo atender como ninguém.

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