As bolsas da Europa fecharam em queda robusta nesta quarta-feira (17) ainda que longe das mínimas, pressionadas por temores políticos envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em um dia em que a aversão ao risco influenciou amplamente a maior parte dos ativos internacionais, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 1,20%, aos 391,14 pontos.
Investidores fugiram do risco após a informação, dada no final da tarde, de que Trump tentou interferir em uma investigação do FBI sobre seu ex-conselheiro de Segurança Nacional, Mike Flynn. O presidente teria pedido diretamente a James Comey, então diretor do órgão, que encerrasse o caso.
O movimento beneficiou ativos considerados seguros, como os Treasuries norte-americanos, os bunds alemães, o iene e o ouro. Por outro lado, as ações e boa parte das moedas emergentes amargou perdas amplas na sessão.
Entre os destaques corporativos, os papéis da Fiat Chrysler recuaram 4,59% após relatos de que a União Europeia planeja iniciar um inquérito sobre alegações fraude nos testes de emissões de gases estufa. Já a ThyssenKrupp encerrou com ganho de 3,05% em meio a especulações sobre uma fusão com a Tata Steel.
O setor financeiro foi um dos principais prejudicados pela aversão de risco causada pela tensão política em Washington. Os papéis do Deutsche Bank caíram 3,49%, enquanto o BNP Paribas recuaram 3,12% e o Lloyds, que voltou a ser inteiramente controlado pelo setor privado nesta quarta-feira, após o governo britânico se desfazer das últimas ações compradas no auge da crise de 2008, subiram 1,95%.
O índice FTSE-100 da bolsa de Londres encerrou em queda de 0,25%, aos 7.503,47 pontos. O índice CAC-40 de Paris recuou 1,63%, aos 5.317,89 pontos. O índice DAX de Frankfurt cedeu 1,35%, aos 12.631,61 pontos.
Em Milão, o índice FTSE-Mib recuou 2,31%, aos 21.283,72 pontos. Em Madri, o Ibex-35 registrou queda de 1,79%, para 10.786,10 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 anotou baixa de 1,50%, aos 5.117,64 pontos.