Credores da Grécia buscam acordo sobre alívio da dívida

Os ministros das Finanças da zona do euro também buscam o desbloqueio de uma nova parcela de auxílio, apesar das reservas da Alemanha
AFP
Publicado em 22/05/2017 às 13:20
Os ministros das Finanças da zona do euro também buscam o desbloqueio de uma nova parcela de auxílio, apesar das reservas da Alemanha Foto: Foto: Pixabay


Os ministros das Finanças da zona do euro, sob pressão do FMI, procuram nesta segunda-feira (22) chegar a um acordo político sobre um alívio da elevada dívida da Grécia e o desbloqueio de uma nova parcela de auxílio, apesar das reservas da Alemanha.

Os europeus tentam aparar as arestas a fim de desbloquear uma nova parcela de auxílio: Alemanha, principal credor, quer a participação do Fundo Monetário Internacional no atual programa, mas sem perdoar a dívida da Grécia, enquanto o FMI exige um alívio para participar.

"Sempre dissemos que a decisão concreta final sobre medidas adicionais de alívio da dívida virá no final do programa no próximo ano", declarou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, ao chegar para a reunião de ministros das Finanças da zona do euro, em Bruxelas.

A Grécia exige o desbloqueio de uma nova parcela do programa de ajuda atual de 86 bilhões de euros, em vigor desde 2015, para poder devolver em julho cerca de 7 bilhões aos seus credores, especialmente depois de adotar novas medidas a aplicar a partir de 2018, quando termina o plano de ajuda.

Medidas

Como exigiam seus credores, as autoridades gregas, que desde 2010 adotaram severos cortes em troca do resgate, aprovaram na semana passada outros novos, bem como o aumento dos impostos, que vão ser aplicados entre 2019 e 2021.

O ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, declarou no domingo que seu país "cumpriu plenamente as suas obrigações e prazos", por isso não há "desculpas para discutir ainda mais a questão do alívio da dívida".

Atenas acusa a Alemanha de atrasar as negociações sobre o alívio, uma questão sobre a qual Berlim, a voz do rigor orçamentário na UE, está relutante em tratar alguns meses de cruciais eleições legislativas em seu país.

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