A alemã Volkswagen planeja vender "ao menos 3 milhões de veículos elétricos no mundo até 2025, a metade na China", declarou seu presidente em entrevista ao jornal japonês Nikkei.
"Ignoro qual será a decisão da China (sobre a política automotiva), mas estamos prontos para 2018", declarou Matthias Muller.
A China anunciou nesta segunda-feira que prepara um "calendário" para "proibir" a produção e a venda de veículos de combustíveis fósseis: uma aposta titânica para o primeiro mercado mundial de automóveis, que se dispõe a impor uma cota de veículos "verdes" às montadoras a partir de 2018.
Muller, que lidera um grupo integrado por 12 marcas - incluindo Audi, Porsche, Seat e Skoda - avalia que os modelos elétricos poderão constituir a metade das vendas mundiais "até 2030".
"O futuro está na mobilidade elétrica. Temos um plano para um horizonte de 10 a 15 anos. Em 2030, o grupo Volkswagen vai eletrificar seus 300 modelos de veículos, e até 2025 teremos 50 novos modelos completamente elétricos e 30 híbridos recarregáveis", explicou Müller ao Nikkei.
O executivo justificou esta aceleração do calendário diante de "progressos tecnológicos importantes nos últimos meses" e conhecimentos adquiridos pelo fabricante.
"Isto não envolve apenas tecnologia, mas também outras mudanças significativas", disse Muller, citando "as infraestruturas de recarga, o custo das baterias, capacidades de produção e políticas públicas".