A União Europeia disse, nesta sexta-feira (15), que a Rússia continuar a mandar gás pela Ucrânia no futuro é uma "prioridade máxima" para o bloco, apesar do conflito entre os dois países ex-soviéticos.
O bloco depende de Moscou para receber cerca de um terço de seu suprimento de gás, e metade deste volume chega via Ucrânia.
Kiev e Moscou assinaram um acordo pelo qual a Rússia é obrigada a fornecer o combustível à Europa via o sistema de transporte da Ucrânia até 2019.
"Eu tenho que sublinhar que a continuidade do importante trânsito de gás pela Ucrânia no período pós-2019 é uma prioridade máxima para a União Europeia", afirmou o vice-presidente de energia da Comissão Europeia Maros Sefcovic, durante uma visita a Kiev.
Os laços entre Moscou e Kiev ficaram prejudicados quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e apoiou uma insurgência pró-Kremlim no leste do país, após uma revolta pró-Ocidente.
Depois de várias disputas com Kiev acerca do gás nos últimos anos, a Rússia agora busca reduzir o tráfego de suprimentos via Ucrânia, ou até encerrá-lo completamente após o contrato atual expirar.
Para Kiev, o tráfego de gás russo é uma importante fonte de receitas, e as autoridades ucranianas estão tentando se opor aos projetos de tubulações de gás lançados por Moscou para diversificar as rotas de entrega.
A rota Nord Stream, sob o Báltico para a Alemanha, já foi posta em operação, mas a planejada Nord Stream 2 luta para se materializar, afetada por tensões geopolíticas.
Enquanto a Rússia insiste que o projeto é economicamente viável e almeja ampliar a capacidade de entrega de gás, a Ucrânia e os aliados do leste europeu tentam evitar a construção do gasoduto Nord Stream 2.