A aliança antiextremista apoiada por Washington na Síria anunciou neste sábado (23) ter expulsado o grupo Estado Islâmico (EI) de uma importante usina de processamento de gás na província de Deir Ezzor, no leste do país.
Antes da guerra, a usina de Conoco era a maior responsável pela produção de gás na Síria, com uma capacidade de 13 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, segundo a Syria Report, uma revista econômica online.
Essas instalações acabaram nas mãos dos rebeldes sírios em 2012, e no poder do EI em 2014.
"As Forças Democráticas Sírias (FDS) conseguiram retomar o controle da usina de gás de Conoco ao norte da província de Deir Ezzor após dois dias de combate contra o EI", indicou a aliança árabe-curda em comunicado publicado.
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou a retomada da usina e ressaltou que o campo adjacente também foi reconquistado. As FDS não confirmaram essa última informação.
Deir Ezzor possui as maiores reservas petrolíferas do país. última província controlada pelo EI na Síria, é atualmente cenário de fortes ofensivas contra os extremistas.
Umas delas lançada pelo exército sírio, ajudada pela força aérea russa, e a outra pelas FDS, auxiliada pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Construída em 2001, a usina de Conoco era propriedade conjunta da companhia americana ConocoPhillips e da francesa Total, antes da empresa americana se retirar em 2005 e ceder a fábrica à companhia estatal síria.
O EI se enriqueceu com os meios de produção de petróleo e gás no leste da Síria, parte que conquistou em 2014, antes de que esses locais se tornassem alvo de bombardeios da coalizão liderada por Washington.