O presidente russo Vladimir Putin não descartou, nesta quarta-feira (4), uma possível extensão do acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir a produção da commodity, numa entrevista antes de se reunir com mandatários de Arábia Saudita e Venezuela.
Vinte e quatro países produtores de petróleo - inclusive a Arábia Saudita, outros membros da Opep e a Rússia - concordaram no fim de 2016 em reduzir a produção para cerca de 1,8 milhão de barris por dia (bpd).
O acordo, estendido até 31 de março de 2018, visa reduzir a oferta global de petróleo para impulsionar o preço da commodity - ele foi de mais de 100 dólares o barril em 2014 para seu mínimo em 13 anos de menos de 30 dólares no ano passado.
"O que fizemos na Opep serve para toda a economia global também", disse Putin num fórum energético em Moscou, sugerindo que o acordo pode ser novamente estendido.
"Vamos ver novamente a situação no fim de março. Acho que isso é possível", ele disse.
Se os países da Opep concordarem com a nova ampliação, seria "pelo menos até o fim de 2018", explicou o presidente russo.
Putin participou do evento antes de se reunir com os líderes de dois membros importantes da Opep, a Arábia Saudita e a Venezuela.
O rei Salman, da Arábia Saudita, vai chegar à Rússia nesta quarta-feira para a primeira visita oficial ao país de um monarca saudita.
Também nesta quarta, Putin deve encontrar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.