O mercado financeiro continua pessimista em relação ao desenvolvimento econômico. De acordo com o boletim Focus, apurado e publicado semanalmente pelo Banco Central, o crescimento da economia está estimado agora em 0,52%. Na pesquisa anterior, analistas e investidores tinham a perspectiva de aumento de 0,70%. A produção industrial poderá ter ligeira melhora, ao passar de -1,76% para -1,70%.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continua no mesmo patamar, de 6,27%. Não houve também alteração no câmbio. O dólar continua estimado em R$ 2,35, ao fim do ano. Os juros básicos da economia (Selic) deve fechar o ano em 11%. Os preços administrados, aqueles com influência do governo, crescerão 5,05% ante os 5,10% da pesquisa anterior.
A dívida líquida do setor público terá uma ligeira queda na percepção do mercado, passando de R$ 34,99 bilhões para R$ 34,94 bilhões.
Nas contas externas, a perspectiva é também de melhora, com o déficit em conta corrente – um dos principais indicadores do setor– passando de US$ 81,90 bilhões para US$ 81,80 bilhões. Por outro lado, o saldo da balança comercial cai de US$ 2,50 bilhões para US$ 2,17 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos permanecem estimados em US$ 60 bilhões.