Fecomercio de SP diz que juros e inflação diminuiram a intenção de consumo

Nível foi o mais baixo já ocorrido na série da pesquisas iniciadas em 2009
Da Agência Brasil
Publicado em 11/09/2014 às 12:16
Nível foi o mais baixo já ocorrido na série da pesquisas iniciadas em 2009 Foto: Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil


O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,4% em agosto quando comparado a julho, na sexta queda consecutiva ao atingir 107,9 pontos. Segundo o levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o nível foi o mais baixo já ocorrido na série da pesquisas iniciadas em 2009. No período de janeiro a agosto, houve um recuo de 13,5%, passando de 124,8 pontos para 107,9 pontos.

Pela primeira vez, três dos sete itens avaliados ficaram abaixo dos 100 pontos, marca que indica a insatisfação do consumidor em relação a economia. A medição do índice é feita com base em uma escala que vai de zero a 200 pontos e, sempre que supera os 100 pontos, a leitura que se faz é de que o consumidor está satisfeito e, abaixo dessa pontuação, insatisfeito.

Nas consultas feitas com 2,2 mil consumidores, o quesito perspectiva de consumo foi 98,3 pontos, 2,5% inferior a pontuação de julho, 100,9 pontos; o nível de consumo atual, 83,3 pontos, e o momento para duráveis, 90,9 pontos.

“Esse cenário evidencia que as famílias decidiram gastar menos e estão inseguras com relação ao futuro”, disseram, em nota técnica, os economistas da Fecomercio-SP. Eles atribuem essa condição à alta da inflação e dos juros que “reduzem o poder de compra das famílias”.

No item renda atual, a pesquisa detectou que houve uma queda de 18,5%, desde janeiro, ao passar de 148,5 pontos para 121,0 pontos. Em relação aos itens emprego atual (126 pontos) e perspectiva profissional (112,6 pontos), houve estabilidade na comparação com julho.

No entanto, quando confrontada com a situação de agosto do ano passado, o quesito perspectiva profissional foi 12,2%. Isso sinaliza que as famílias acreditam na piora do mercado de trabalho em relação ao que avaliavam há um ano, diz a nota.

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