Em termos de público, ela agora só perde para a Comic-Con, que se realiza em julho, em San Diego, na Califórnia (EUA). A Brasil Game Show, em apenas sete edições, virou evento espetacular que não para de crescer e a cada dia atrai mais gente literalmente de todas as idades.
Este ano, nos quatro dias de evento, passaram pelo Pavilhão de Feiras do Expo Center Norte, de São Paulo, 250 mil pessoas que pagaram ingresso para assistir apresentações, ver lançamentos e tietar com as melhores equipes de jogadores que fizeram da brincadeira de jogar videogame profissão. Hoje têm direito a selfie, autógrafos e apresentações, numa copa que juntou gente de pelo menos 12 países.
No último fim de semana a BGS teve público médio de 70 mil pessoas no sábado e domingo, porque a feira, que abre às 13h e só se encerra às 21h, é programa de pelo menos quatro horas, se o visitante quer ver tudo que acontece ali. Este ano a feira cresceu tanto que a promotora criou uma área de negócios para fortalecer ainda mais o setor de desenvolvimento de jogos no País. Doze das maiores desenvolvedoras do Brasil passaram por lá. Ou seja, enquanto o público se divertia nos estandes, os caras que um dia já se divertiram somente jogando videogames faziam negócios.
A BSG é um momento de saber para onde vai a indústria e o que esperar. Está destinada ao gamer que está acostumado a equipar o console ou PC com algum dispositivo mais sofisticado, como um teclado e um mouse da Razer, ou ao jogador mais endinheirado que pôs um conjunto de placas e vídeo da EVGA. A maioria, é claro, está mais interessada nos gigantescos estandes da Sony (Playstation) e da Microsoft (XBox). Ou nas compras das maiores empresas pontocom de varejo de jogos (Americanas e Saraiva).
No entanto, outra parte cada vez maior está atrás de toda uma parafernália de produtos que melhoram a performance na hora de jogar num desktop normalmente construído com a compra de peças ou montado por empresas que se especializaram nisso no Brasil e que importam o que a indústria ainda não vende no Brasil.
Gente que vai atrás de gabinetes gigantes com refrigeração a água, placas de vídeo que custam até R$ 3 mil, handsets de R$ 600 e cadeiras ergonômicas que os jogadores exibem nos torneios, mas que estão no mercado com preços até R$ 1.800. Mas isso é para depois da visita aos estandes. Este ano foram mais de 80 com todos os tipos de produtos.
O mais interessante da feira é que ela mistura lazer, apresentação de novidades, negócios no atacado e no varejo, desenvolvimento de produtos e a mais pura tietagem dos jogadores com seus ídolos.
Não, não são os que estão nos games, mas os que jogam os jogos e são capazes das melhores performances. Este ano a BGS trouxe para sua Copa jogadores das equipes Not Today (Peru), Union Gaming (Peru), Isurus Gaming (Argentina), paiN Gaming, The House is Down, Keyd Stars, CNB e INTZ E-SPORTS. Jogadores coreanos foram as estrelas.
Também estavam lá Ed Boon, criador da franquia de sucesso Mortal Kombat, um dos jogos de maior sucesso em todos os tempos, e Chance Glasco, um dos idealizadores do premiado Call of Duty, e Tom Isacksen, designer de personagens da Ubisoft.
E acredite: um megaestande com ninguém menos que os card-games Pokemon. Para quem acompanhou as edições originais e depois viu a série na TV é estranho ver a criança de hoje com a mesma emoção que seu pais e tio viveram. Mas isso é pouco quando se observam garotos da geração do LDC se interessando pela nova geração do Ultra Street Fighter IV. Até porque Ken, Chun Li e M. Binosn continuam ótimos.