O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou março com variação de 1,41%, ligeiramente abaixo da última prévia do mês (1,47%), mas com um acumulado de 8,59%, nos últimos 12 meses, e de 4,16% desde o começo deste ano.
A apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que o vilão da inflação foi o grupo habitação com alta de 3,71%, acima do registrado na primeira prévia do mês (1,75%) e superando também a variação da terceira prévia (3,19%).
O IPC-S é uma versão do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais. A pesquisa de preços ocorre diariamente, cobrindo sete das principais capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
Na habitação, o maior impacto foi a elevação da tarifa de energia elétrica residencial que, na última prévia do mês, subiu de 18,36% para 22,6%. Em sentido oposto, o que ajudou a reduzir a influência desse aumento sobre o IPC-S foi o grupo transportes que passou de uma alta de 1,42% para 0,67% depois de iniciar março com variação de 2,28%. A gasolina permanece em alta de 1,82%, mas com taxa bem menor em relação ao registrado na última apuração (4,56%).
A segunda maior alta foi constatada no grupo alimentação. Os preços dos itens alimentícios aumentaram em média 1,02%, variação esta abaixo da terceira prévia do mês, que foi 1,09%. As hortaliças e os legumes passaram de uma alta de 6,24% para 4%.
Em saúde e cuidados pessoais, os preços também subiram com menos intensidade ao passar de 0,83% para 0,7%.
Em despesas diversas, também houve decréscimo (de 0,83% para 0,61%) em razão dos cigarros (de 0,49% para 0,05%); em comunicação (de -0,06% para -0,07%), o destaque foi a queda na mensalidade dos serviços de internet (de -1,05% para -1,52%).
Os cinco itens que mais influenciaram o índice para cima foram: a tarifa de eletricidade residencial (22,6%), condomínio residencial (4,97%); gasolina (1,82%); refeições em bares e restaurantes (0,67%) e aluguel residencial (0,78%). Os que mais ajudaram a neutralizar os aumentos foram: batata-inglesa (-6,75%); tarifa de telefone residencial (-1,08%); automóvel usado (-0,83%); tarifa de táxi (-1,54%) e costela bovina (-2,27%).