A greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) entra na quinta semana com 68% das 69 agências paralisadas parcialmente e 4% com o atendimento suspenso por completo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev), cerca de 10.500 atendimentos deixam de ser realizados por dia em Pernambuco. No País, são 54,5% das agências com algum serviço paralisado e 17,8% sem atendimento.
O sindicato informa que continuam sendo realizados apenas os serviços de perícia médica e alguns desbloqueios de pagamento. Ainda segundo o Sindsprev, a categoria aguarda uma nova proposta do governo a respeito de dois tópicos ainda pendentes nas negociações. São eles: a padronização da carga horária de 30 horas semanais para todos os servidores e o índice de reajuste a ser concedido. Os trabalhadores pedem 27,3%.
“Reconhecemos os avanços nas negociações, mas ainda há essas duas questões de extrema importância a serem discutidas”, explica o coordenador geral do Sindsprev, Bonifácio do Monte. Segundo ele, as jornadas de trabalho são desiguais para os servidores do órgão, por causa do quadro de profissionais insuficiente para a demanda do local, o que exige que alguns deles estendam os turnos de trabalho. “Você imagina trabalhar oito horas por dia e um colega seu fazer o mesmo serviço que você, ter o mesmo cargo e trabalhar menos horas por dia? Isso precisa ser ajustado”, pontua.
Quanto à pauta financeira, o governo manteve a proposta inicial, que prevê o aumento de 21,3% escalonado em quatro anos. Essa proposta já havia sido negada pelos servidores. Diante do impasse, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) informou que será marcada uma nova reunião com a classe, ainda nesta semana, para dar prosseguimento às negociações.
O secretário Sérgio Mendonça, representante da bancada governamental, informou que estava otimista com relação a um entendimento, mas que o valor do reajuste proposto pela categoria é totalmente inviável. “Continuo acreditando que estamos próximos de um acordo, mas o governo não abrirá mão das diretrizes da política econômica, incluindo o ajuste fiscal”, disse.
Nota do INSS aos segurados: