Maioria dos reajustes salariais no 1º semestre está acima da inflação, diz Dieese

A despeito da forte crise econômica que atinge o Brasil, aproximadamente 69% das negociações analisadas pelo SAS-Dieese conquistaram aumentos reais
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 27/08/2015 às 12:00
A despeito da forte crise econômica que atinge o Brasil, aproximadamente 69% das negociações analisadas pelo SAS-Dieese conquistaram aumentos reais Foto: Foto: Marcos Santos/ USP Imagens


A maior parte das negociações salariais ocorridas no primeiro semestre deste ano conquistou reajustes salariais acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), segundo balanço feito pelo Sistema de Acompanhamento de Salários e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado nesta quinta-feira (27).

A despeito da forte crise econômica que atinge o Brasil, aproximadamente 69% das negociações analisadas pelo SAS-Dieese conquistaram aumentos reais no período de janeiro a junho. Segundo técnicos do Dieese, os reajustes se concentraram na faixa até 1% de ganho acima da inflação.

"Um número significativo de negociações obteve reajustes iguais à inflação medida pelo INPC-IBGE, correspondendo a quase 17% do painel que considera 302 unidades de negociação privadas e de empresas estatais", informa o SAS-Dieese. Os reajustes salariais que não repuseram a inflação alcançaram quase 15% das negociações. Nesse caso, as perdas se situaram, na maioria dos casos, nas faixas de até 2% abaixo da inflação, conforme o levantamento.

Os dados coletados pelo SAS-Dieese indicam que houve uma sensível diminuição na proporção dos reajustes com ganho real frente ao observado nas mesmas categorias nos últimos oito anos. O aumento real médio também caiu e apresentou o menor valor desde 2008 (0,51%), quando o SAS-Dieese passou a acompanhar o resultado das negociações coletivas pertencentes a um painel fixo de categorias.

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