O indicador de custos industriais aumentou 3,2% no segundo trimestre deste ano na comparação com os primeiros três meses do ano, na série livre de influências sazonais. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (10), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que destaca que a alta é superior ao aumento dos preços dos produtos industriais, o que reduziu o lucro das empresas. Esse aumento dos custos industriais foi influenciado pela elevação de 4% nos custos de produção no mesmo período.
De acordo com a pesquisa, os componentes dos custos de produção que mais aumentaram no trimestre foram a energia, que teve alta de 12,4%, e os insumos importados, com elevação de 9,1%, causada pela valorização do dólar frente ao real. "O custo com bens intermediários nacionais registrou aumento de 3,2%, o maior desde o terceiro trimestre de 2013", destaca a CNI.
Além disso, os custos com pessoal subiram 2,2%; o custo tributário teve aumento de 0,4% e com capital de giro a alta foi de 2,6% no mesmo período de comparação.
Se comparados com o segundo trimestre do ano passado, os custos industriais registraram crescimento de 7%. No mesmo período, a alta dos custos de produção foi de 9,3%.
De acordo com a pesquisa, o custo com bens intermediários importados, que teve aumento de 32,3%, especialmente por causa da valorização do dólar frente ao real, foi o componente que mais influenciou o aumento do custo de produção. Além disso, o custo com energia subiu 49,4% na mesma base de comparação. Esse aumento, segundo a pesquisa, foi resultado da expansão de 58,% no custo com energia elétrica e de 2,6% no custo com óleo combustível.
Com relação ao custo com pessoal, a entidade ressalta que, apesar das demissões que ocorreram como consequência da crise econômica, o componente continuou crescendo: 8,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
A CNI destaca que a valorização do dólar melhorou a competitividade dos produtos brasileiros. No mercado interno, os preços dos manufaturados importados em reais aumentou 7,8% no segundo trimestre deste ano, mais do que a elevação de 3,2% nos custos da produção nacional.