O governo prevê um recuo ainda maior na atividade econômica neste ano. De acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do quarto bimestre, a projeção oficial é de recuo do PIB de 2,44%, e não de 1,49%, como previsto no documento anterior.
De acordo com o texto divulgado pelo Ministério do Planejamento, a previsão é compatível com os parâmetros de mercado do início do mês, quando foi elaborada. O relatório prevê ainda que o IPCA deverá encerrar este ano em 9,29%, contra projeção anterior de 9%. Para a taxa de câmbio média, a estimativa passou de R$ 3,07 para R$ 3,25 e, para a Selic média, de 13,12% para 13,30%.
Receitas
No relatório, o governo reduziu a projeção para as receitas administradas em R$ 7,865 bilhões, para R$ 1,31 trilhão. A previsão para as receitas não administradas foi reduzida em R$ 3 311 bilhões, para R$ 153,158 bilhões.
A previsão de receitas com concessões foi mantida em R$ 18,251 bilhões. Já as com dividendos caíram R$ 1,051 bilhão, para R$ 15 991 bilhões. A projeção de arrecadação com operações com ativos foi mantida em R$ 3 bilhões.
Como a projeção de receitas totais foi reduzida em R$ 7,08 bilhões, o governo diminuiu também a previsão de transferências a Estados e municípios em R$ 7,069 bilhões. Com isso, obteve uma decréscimo na receita líquida de R$ 11,8 milhões e reduziu a despesa na mesma proporção.
Despesas
O governo prevê gastar mais R$ 2,710 bilhões com abono e seguro-desemprego neste ano. Houve também um aumento de R$ 1,566 bilhão na projeção de despesas com a compensação das desonerações sobre a folha de pagamento, que alcançou R$ 24,233 bilhões.