O dólar à vista abriu em alta nesta sexta-feira (16), acompanhando o desempenho da moeda ante a maioria de suas rivais no exterior e sustentado pela cautela dos investidores diante das renovadas incertezas nos cenários fiscal e político do País. O fato de a divisa ter acumulado perdas de 1,86% nas últimas duas sessões também contribui para o avanço. Na metade da manhã contudo, o ganho perdia um pouco de força com a correção de exageros.
Às 9h36, o dólar à vista no balcão subia 0,95%, a R$ 3,8360. Na abertura, foi negociado a R$ 3,8570, com forte alta de 1,50%. O dólar para novembro de 2015 abriu a R$ 3,8725, com ganho de 1,19% e, no horário mencionado, valia R$ 3,8570 (+0,78%).
Em relação ao fiscal, os negócios reagem à notícia de que o governo estaria planejando reduzir novamente a meta de superávit primário de 2015, atualmente em 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), o que deve se traduzir em déficit primário, publicada na quinta-feira, 15, pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado).
Do lado político, há preocupações com os desdobramentos das investigações envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Fontes do mercado de câmbio citaram ainda que expectativas com a retomada da apreciação de vetos presidenciais pendentes no Congresso, com a reunião do Copom e divulgação do PIB da China nos próximos dias estimulam uma demanda defensiva.