Dólar fecha em leve queda, mas se mantém acima de R$ 3,80; Bolsa sobe

Internamente as atenções continuaram voltadas ao cenário político
Da Folhapress
Publicado em 16/11/2015 às 19:50
Internamente as atenções continuaram voltadas ao cenário político Foto: Foto: EVARISTO SA AFP


Os atentados ocorridos em Paris na semana passada exerceram pouco impacto sobre os mercados nesta segunda-feira (16), apesar de terem gerado certa aversão ao risco entre os investidores na abertura das negociações nesta sessão. O dólar fechou em queda, enquanto o principal índice da Bolsa brasileira seguiu o exterior e subiu.

Internamente as atenções continuaram voltadas ao cenário político. A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda (16), após participar de encontro do G-20 na Turquia, que o ministro Joaquim Levy permanecerá à frente da Fazenda. Rumores sobre a possível saída do ministro influenciaram as cotações especialmente dos mercados de câmbio e juros na semana passada.

Lá fora, o mercado aguarda a divulgação nesta semana da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), realizada em 27 e 28 de outubro. A expectativa é que o documento confirme as apostas de elevação dos juros naquele país em dezembro deste ano.

A expectativa é que a alta dos juros provoque uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar. Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa, mais atraentes que aplicações em emergentes, considerados de maior risco. Os juros futuros nos EUA mostram chance de 64% de aumento da taxa de juros americana em dezembro.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, cedeu 0,14%, para R$ 3,826 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, recuou 0,41%, para R$ 3,818. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar subiu sobre 15.

O Banco Central deu continuidade nesta segunda aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 586 milhões.

No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos acompanharam a leve desvalorização do dólar e fecharam majoritariamente em baixa na BM&FBovespa. O contrato de janeiro de 2016 cedeu de 14,225% a 14,210%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,570%, ante 15,610% na sessão anterior.

 

AÇÕES EM ALTA

O Ibovespa acompanhou a valorização em torno de 1% das Bolsas nos EUA e fechou no azul nesta segunda. A alta do índice foi de 0,71%, para 46.846 pontos. O volume financeiro foi de R$ 7,05 bilhões, estimulado pelo exercício de opções sobre ações (quando vencem contratos que apostam no preço futuro de ativos), que movimentou R$ 1,53 bilhão.

O ganho das ações preferenciais, mais negociadas e sem direito a voto, de Petrobras e Itaú ajudou a sustentar o avanço do Ibovespa no dia. Esses papéis subiram 5,91% e 2,82%, respectivamente, para R$ 7,70 e R$ 28,41. Já as ações ordinárias da Petrobras, com direito a voto, tiveram alta de 6,83%, a R$ 9,38.

Em sentido oposto, a Vale viu sua ação preferencial perder 2,04%, para R$ 12,50, enquanto a ordinária mostrou desvalorização de 2,08%, a R$ 15,05. A empresa segue sendo afetada negativamente pelo rompimento de barragens da mineradora Samarco, joint venture da Vale com a australiana BHP, e seus impactos. A tragédia paralisou a unidade da empresa em Mariana (MG), além de ter deixado mortos e desaparecidos.

Já as ações da Cetip registraram valorização de 0,29%, para R$ 38,31 cada uma. Elas chegaram a subir mais de 3% ao longo do dia. A empresa recebeu na sexta-feira uma proposta em torno de R$ 10 bilhões da BM&FBovespa, que pretende comprar a maior central depositária de títulos da América Latina.

O Bradesco terminou a sessão em alta de 0,84%, para R$ 21,69. O segundo maior banco privado do país anunciou aumento de capital.

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