Receios domésticos e sinal de alta no exterior impulsionam o dólar

Às 9h30, o dólar à vista no balcão subia 0,39%, a R$ 3,7581
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 27/11/2015 às 10:03
Às 9h30, o dólar à vista no balcão subia 0,39%, a R$ 3,7581 Foto: Foto: Fotos Públicas


O dólar iniciou a sessão em alta nesta sexta-feira (27), em meio aos receios domésticos, ainda em função dos desdobramentos da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. A divisa norte-americana também sobe no exterior, com a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) possa anunciar novos estímulos na próxima semana e em função do nervosismo nos mercados chineses.

Às 9h30, o dólar à vista no balcão subia 0,39%, a R$ 3,7581. O dólar para dezembro avançava 0,32%, a R$ 3,7605. Os volumes de negócios, em geral, continuam baixos, em função do feriado de Ação de Graças nos EUA, que fechou os mercados por lá ontem e os mantém em funcionalmente parcial hoje.

Após a prisão de Delcídio, o governo ainda trabalha para escolher um novo líder e tentar aprovar até o fim do ano o Orçamento de 2016, como tanto tem insistido o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ontem, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Levy disse que a partir de segunda-feira o governo poderá fazer um corte de todos os recursos disponíveis para gastos até o fim do ano, para não incorrer em infração junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) no fechamento das contas de 2015.

Segundo antecipou o ministro, a estratégia estudada pelo governo é de um contingenciamento temporário, pronto para ser levantado assim que o Congresso aprovar a redução da meta fiscal deste ano

A sessão, que deveria ter ocorrido ontem, foi adiada para a próxima quinta-feira, três dias após expirar o prazo regimental para a prestação de contas. A amplitude do corte recomendado pelo TCU deixaria o governo totalmente sem recursos e dependente do resultado da votação de deputados e senadores.

No cenário externo, além da expectativa com o BCE na próxima semana, o nervosismo com a China azeda o humor em relação a outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities

O principal índice da Bolsa de Xangai caiu 5,5% hoje, após a autoridade reguladora do mercado informar que proibiu as corretoras de usar derivativos para financiar a compra de ações. Além disso, a Citic Securities, a maior corretora de ações do país, e a Guosen Securities, a terceira maior em ativos, informaram que são investigadas por supostas violações a regras de mercado.

 

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